Veneza "fecha as portas" de Abril a Julho, e não autoriza grupos superiores a 25 pessoas

por: António Manuel Teixeira
Veneza "fecha as portas" de Abril a Julho, e não autoriza grupos superiores a 25 pessoas
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O Presidente da Câmara Municipal de Veneza, apresentou com o Presidente da Associação da Imprensa Estrangeira em Itália, a campanha que faz parte da visão estratégica para a gestão dos fluxos turísticos na cidade.

Juntamente com o Presidente da Câmara, Luigi Brugnaro, estiveram presentes o Conselheiro para o Orçamento, Michele Zuin e a Conselheira para o Turismo, Simone Venturini.


A medida, que teve origem na Lei do Orçamento de 2019, posteriormente actualizada em 2021, conforme explicado pelo edil, visa "definir um novo sistema de gestão dos fluxos turísticos e desencorajar o turismo diário em Veneza em períodos específicos, em consonância com a singularidade da cidade, para garantir o pleno respeito que merece".
A contribuição será necessária durante 29 dias em 2024, especificamente nos dias 25 de Abril a 05 de Maio, assim como a 11, 12, 18, 19, 25, 26 do mesmo mês; 08, 09, 15, 16, 22, 23, 29, 30 de Junho; e 06, 07, 13, 14 de Julho.


O objectivo da campanha de comunicação será principalmente informar e sensibilizar para a necessidade de um turismo sustentável, apoiado por anúncios de televisão e rádio, cartazes e folhetos, brochuras, páginas web, blogues e redes sociais: estes são os principais meios de divulgação da campanha de comunicação turística multicanal baseada no argumento "mas é verdade".


"Tenho a honra de ser o presidente da câmara da cidade mais bonita do mundo, mas nos últimos anos tem tido um problema com a qualidade de vida das suas gentes, com a civilização e com o respeito pelas regras. Nenhum político toma uma providência como esta, porque é mais fácil ficar parado e não tentar encontrar uma solução".
"Esta contribuição de acesso será um teste e um avanço, cujo custo previsto será superior ao que iremos cobrar, pelo menos neste ano de experimentação que diz respeito a 29 dias 'stressados'. O benefício que esperamos é um menor número de visitantes diários", citado pelo ETN.

Os residentes na região do Veneto que visitam a cidade diariamente foram isentos das novas disposições, mas também é verdade que a introdução de uma reserva poderia desencorajar a vinda nesses dias e, assim, tornar a cidade menos povoada, explicou o Presidente da Câmara Brugnaro, durante a conferência de imprensa feita por jornalistas de todo o mundo. O Presidente da Câmara afirmou, citado pelo ETN: "Reiteramos veementemente que ninguém quer fechar a cidade e que, se alguém ainda quiser vir nestes dias negros, pode fazê-lo, pagando uma contribuição de cinco euros, antes de marcar a visita à cidade. Isto permitir-nos-á ter dados verdadeiros e importantes: quantos visitantes, de onde vêm, quantas isenções, e muito mais, uma ferramenta importante para compreender como organizar os serviços". O responsável assume que não tomou esta medida sem verificar todas as consequências positivas e negativas que poderiam trazer ao destino, e que se não passarem das palavras aos actos, "nunca faremos nada para preservar a delicadeza e a beleza de Veneza. Depois deste período de experimentação, teremos todo o tempo para fazer as reflexões que devem ser feitas, para melhorar e mudar, com a ajuda de todos".
A Conselheira de Turismo reiterou: "Veneza, 'a mais antiga cidade do futuro', mostrou que sabe interpretar as inovações". Para Simone Venturini: "É cada vez mais necessário programar e promover eventos de qualidade, a fim de incentivar o turismo selecionado, oferecendo ao público uma série de eventos sustentáveis".

Recordamos alguns dos mais mediáticos da cidade: Carnaval de Veneza, Salão Náutico e o Salão do Alto Artesanato Italiano.

 

A Conselheira do Orçamento, sublinhou o carácter único deste teste e a importância de avaliar os seus efeitos na cidade: "Sabemos que o mundo está a observar-nos e estamos interessados em fazer compreender que a experimentação destes 29 dias é importante para compreender como a cidade irá reagir, uma vez que se trata de uma novidade absoluta".
Michele Zuin explica: "As isenções que foram estabelecidas pela Câmara Municipal respondem a regras de bom senso para garantir o acesso a Veneza a quem trabalha, estuda, tem os seus afectos, tem necessidades de saúde ou precisa de se deslocar à capital regional, que acolhe muitas funções administrativas".
"Veneza é uma cidade acessível e aberta, mas os visitantes, nacionais e internacionais, devem compreender que é necessário um planeamento adequado para gerir o delicado equilíbrio entre os residente e o turismo", conclui

 

 

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