A greve dos motoristas de transporte de materiais perigosos terminou, depois de o sindicato e a Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) terem chegado a acordo.
A confirmação do fim da greve, veio do gabinete do Ministério das Infraestruturas, referindo que "há acordo fechado".
Terminou esta quinta-feira, depois de centenas de postos de abastecimento terem ficado secos e o caos se ter gerado em várias cidades, obrigando o Governo a limitar o abastecimento a 15 litros por veículo.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, acompanhado do secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, e do Secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, falou à comunicação social e congratulou-se pelo acordo alcançado, agradecendo a todas as partes. "O Governo esteve sempre a trabalhar para conseguirmos, o mais depressa possível terminar esta greve, respeitando todas as partes. Respeitando o direito, mas trabalhando para que rapidamente a pudéssemos superar", afirmou.
O ministro lembrou, no entanto, que apesar da greve ter terminado, a normalidade nos postos de combustível de todo o país, vai demorar a ser reposta. "A normalização da situação será gradual, não será imediata", reiterou Pedro Nunes Santos.
Como tinha sido anunciado na Assembleia da República, os serviços mínimos iriam ser alargados a outras zonas do país. Num comunicado divulgado no final da reunião entre a ANTRAM e o Sindicato, o Governo informava que as partes tinham chegado a acordo quando ao "alargamento do abastecimento de combustíveis aos postos de abastecimento do território nacional, granel e gás embalado, tendo por referência 40% dos trabalhadores afectos a este tipo de serviço nas mesmas condições em que o devem assegurar em dias úteis, de feriado e/ou descanso semanal".
A greve dos motoristas de matérias perigosas começou às 00:00 de segunda-feira e foi convocada pelo SNMMP, por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.
Jornalista