Hospital Compaixão integra Turismo de Saúde na região Centro

por: Zita Ferreira Braga
Hospital Compaixão integra Turismo de Saúde na região Centro
Divulgação

Esta unidade de saúde está pronta a funcionar, em Miranda do Corvo, e pode até receber visitantes estrangeiros que procuram tratamentos.

O presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, visitou as instalações do Hospital Compaixão, em Miranda do Corvo, com o objectivo de ficar a saber das condições desta unidade de saúde no âmbito do Turismo Médico.

A visita, a convite da Fundação ADFP - Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional, responsável pela Hospital, “surgiu na sequência de uma reunião que Pedro Machado manteve com representantes de fundos de investimento internacionais que actuam na área do Turismo Médico”.

O Turismo Centro de Portugal está muito empenhado em desenvolver e estruturar o Turismo Médico. Há a ambição de captar o mercado do Centro e Norte da Europa”.
E Pedro Machado continua: “Recentemente, recebi um grupo de investidores do Reino Unido, que procuram espaços de qualidade a nível médico e que estejam localizados em territórios em que haja contacto com a natureza e o ar livre, como é aqui o caso da Serra da Lousã”.

E o Presidente do Turismo do Centro afirma a terminar: “Lancei a esse grupo o desafio de constituir uma região-piloto para os seus projectos no Centro de Portugal e a Fundação ADFP pode vir a ser um parceiro importante, com este hospital, que está situado numa subregião com capacidade de alojamento hoteleira e que oferece aos doentes e acompanhantes a possibilidade de poderem prolongar e diversificar a sua visita, com experiências diversificadas, de fruição de turismo de natureza e turismo activo, a pé ou de bicicleta”.

Apesar de estar concluído desde 2019, o Hospital Compaixão não está ainda em funcionamento, “por falta de acordos com o Estado nesse sentido”. Segundo a administração, a unidade “dispõe de um bloco cirúrgico, com duas salas de operações, capacitado para fazer todas os tipos de cirurgias, além de reunir grande capacidade para realizar exames complementares de diagnóstico”.

No que se refere ao internamento, o Hospital Compaixão dispõe de 54 camas, das quais 40 para cuidados continuados. No total, o edifício ocupa 5.000 metros quadrados, em três pisos, além de 11.000 metros quadrados de espaços exteriores.

Este Hospital Compaixão é um grande projecto para a região, que pode representar um contributo inestimável para a coesão territorial, uma vez que é uma estrutura edificada num território deprimido do Pinhal Interior, e que tem a capacidade de gerar 100 empregos, quando estiver a funcionar. Infelizmente, ainda não teve a atenção devida por parte do Governo e das entidades públicas regionais”.
E Pedro Machado afirma ainda:
É inaceitável que, face à situação de emergência que o país vive, este equipamento não esteja disponível, por falta de reconhecimento do Ministério da Saúde. Custa a entender, quando vemos municípios a criarem hospitais de campanha em pavilhões gimnodesportivos. É uma questão de coerência ética e moral”.


Por parte da Fundação ADFP, Jaime Ramos, o seu presidente, agradeceu a presença de Pedro Machado salientando a necessidade de “que em todos os locais do país existam equipamentos de grande qualidade, no setor da saúde, que atraiam pessoas de outros países que escolham vir para Portugal resolver o seu problema”.

“É, por isso, de grande importância para a área de todo o Pinhal Interior e Serra da Lousã que este equipamento esteja a funcionar. É uma estrutura de 10 milhões de euros que está fechada mas pode criar 100 postos de trabalho, fixando população, num território em que as pessoas têm dificuldade de acesso a cuidados de saúde de proximidade”, acrescentou, terminando.

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