A ANCEVE (Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas) informa que os produtores de vinho têm enfrentado dificuldades devido ao elevado preço do vidro, que está “em média mais de 55% acima dos valores pré-guerra”.
Também é alertado para o facto de o aumento do custo energético já estar aliviado há meses e que, por isso, não justifica a manutenção dos preços elevados. Para além disso, há diferentes modelos de garrafas indisponíveis, o que tem obrigado “os produtores a alterarem constantemente procedimentos e rotulagem, para adaptarem a sua produção aos modelos disponíveis”.
Assim, recordando que a maioria do vinho português é engarrafado e que é esta bebida que o leva aos “quatro cantos do mundo”, a ANCEVE fez um inquérito aos produtores de vinho para determinar as diferentes formas que esta situação os tem prejudicado.
Desde logo, é afirmado que os fornecedores de vidro debitam uma taxa de energia, o valor do transporte e ainda exigem pagamento antecipado (exceptuando alguns grandes clientes).
Para além disso, concluiu-se que o valor médio que tem sido imputado ao preço do vidro desde há um ano teve um aumento à volta dos 55% a 77%.
Deste modo, a ANCEVE pede ao Governo “que estabeleça urgentemente uma plataforma de diálogo, para que (…) representantes dos sectores do vinho e do vidro possam analisar a situação e procurar a forma mais eficaz de abordar e resolver este gravíssimo problema”.