Bruxelas não pode dizer aos países "o que fazer", então por enquanto não haverá acção coordenada, mas o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças recomenda evitar viagens, não essenciais, para o Reino Unido.
A diferença também é notável, se tivermos em conta que vários Estados-Membros, como os Países Baixos, a Bélgica e a Itália, anunciaram que detectaram infecções da nova estirpe mais infecciosa da Covid-19 nos seus territórios. Os países da UE solicitaram, esta segunda-feira, uma acção coordenada para "evitar o caos" vivido nos últimos meses devido a decisões tomadas individualmente por cada país.
Os países pediram à Comissão Europeia que coordene as medidas que devem tomar relativamente às ligações com o Reino Unido, face à variante do vírus, que segundo o Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, por sua sigla em Inglês), uma vez que se espalha até 70% mais rápido do que a cepa inicial do coronavírus.
Os primeiros a tomar a decisão de encerrar as ligação com o Reino Unido, a 20 de Dezembro, foram Países Baixos, Bélgica, Alemanha, Itália, Áustria e França, este últimos que também suspendeu a passagem de balsas para camiões de carga, o que levou Boris Johnson a convocar um gabinete de crise para decidir como reagir à possível escassez de bens e alimentos no país.
Portugal e Espanha aderiram às 00:00 do dia 21 de Dezembro, em decisão conjunta concordaram em proibir, a partir do dia seguinte, a entrada de cidadãos do Reino Unido, excepto no caso de nacionais ou residentes destes dois países.
Jornalista