Retoma do Turismo no Norte exige rotas normalizadas no aeroporto do Porto

por: Zita Ferreira Braga
Retoma do Turismo no Norte exige rotas normalizadas no aeroporto do Porto
Divulgação

Rotas de voo normalizadas para o centro e norte da Europa a partir do aeroporto do Porto é um passo importante e necessário para a recuperação do turismo na região do Alto Minho.



É uma afirmação de José Maria Costa, Presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, sobre a importância das estações e turismo náutico no quadro económico da região.

De acordo com o autarca, o investimento realizado na região em matéria de infraestruturas e desenvolvimento dos desportos ligadas ao mar e água “permitiu que, nos últimos anos, a estação náutica do Alto Minho se assumisse, nacional e internacionalmente, como um espaço de elevado potencial diferenciador”,
levando turistas à zona  permitindo uma subida no movimento económico, gerando “emprego e novas oportunidades para a região”.

O resultado deste trabalho está patente no Centro de Alto Rendimento de Viana do Castelo, que durante o ano foi visitado por atletas de alta competição de todo o mundo, acolheu a realização de diversos campeonatos e eventos internacionais, com destaque para o Campeonato Europeu de Surf Adaptado, não esquecendo o aparecimento “de um conjunto de empresas turísticas que operam no sector e hotelaria de alta qualidade”.

Uma oferta que, de acordo José Maria Costa, permitiu “que os números e taxas de ocupação nesta primeira fase de desconfinamento apresentem níveis bastante satisfatórios, fazendo prever uma recuperação sustentada do sector”.

E o autarca continua em jeito de conclusão :“Importa agora cimentar a oferta turística altamente diferenciada que a região tem vindo a desenvolver, com a aposta num turismo não massificado que valorize a experiência do mar e da natureza que a região oferece”.


Para Inácio Ribeiro, Vice-Presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, que partilha da mesma opinião. “O turismo a Norte estava a passar, nos últimos sete anos, um momento extraordinário. Janeiro e Fevereiro de 2020 eram já meses com números recorde e a pandemia acabou por afectar o sector de forma inquestionável, com quebras a rondar os 90%”, acrescentando que se tem vindo a detectar, a nível interno, “uma crescente procura pelo turismo de natureza fora dos grandes centros urbanos e aglomerados”. Destacando a oportunidade que agora se abre defende que “importa agora diversificar a oferta e não massificar para que na Páscoa de 2021 possamos estar já em velocidade cruzeiro na recuperação do sector”.

De acordo com o mesmo, a estratégia de futuro para a região passa “pela manutenção da sua autenticidade e não pela sobrecarga do território”.

Uma atitude que deverá ser sustentada pela capacitação de todos os profissionais a operarem no sector para que se possa, com isso, “trabalhar na criação de experiências únicas, servir melhor para cobrar melhor”.

Algo que nas palavras de Júlio Pereira, Secretário Executivo da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, poderá assentar no elevado elemento diferenciador do Alto Minho. “A região é dos poucos espaços mundiais onde, em menos de meia hora podemos realizar actividades ligadas ao mar, ao rio e à natureza e biosfera”, garante, acrescentado que “se a isso juntarmos os vários monumentos certificados, o património rural e os sabores e gastronomia variados da região ficamos com um produto compósito altamente apetecível e diferenciador”.

E conclui afirmando: “O futuro passa precisamente pela organização dos diversos agentes que operam em todas estas áreas e pela criação de redes e sinergias internacionais, com a Galiza e áreas europeias similares à nossa, que nos permitam solidificar o investimento e dar um passo em frente na estratégia lançada”.

 
 

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