O futuro do Turismo e o Turismo do futuro discutidos em Marbella

por: Zita Ferreira Braga

SUTUS 2019, um evento, pioneiro no mundo, reuniu durante dois días em Marbella os principais responsáveis a nível internacional “para debater os maiores desafíos do novo turismo de luxo: o cosmos e a água.” 

 

Les Roches Marbella acolheu durante dois días a conferência Space & Underwater Tourism Universal Summit (SUTUS), a primeira edição de um evento sem precedentes organizado pela escola internacional de Hospitality Management e Medina Media Events, com a colaboração da EXTENDA (Agencia Andaluza de Promoción Exterior) e com o apoio institucional do Turismo y Planificación Costa del Sol, Mancomunidad de Municipios de la Costa del Sol e representante do. Ayto de Marbella, que reuniu empresas e “aventureiros que apostam em ir mais longe que as fronteiras naturais conhecidas, tanto no espaço como nos abismos dos oceanos.”

No último día da conferência, día 24 de Setembro, profissionais como Bernard Foing, Responsável do Grupo Internacional de Exploração Lunar da ESA para Keynote, Arthur Paolella, cientista de Harris Corporation, Ana Bru, a primeira mulher espanhola que viajará ao espaço com a Virgin Galactic, ou Javier Noriega, Presidente do Clúster marítimo marino da Andaluzía, exploraram novos territórios para se aproximarem dos modelos mais vanguardistas em termos de negócio no turismo de luxo.

 Nas palavras de Carlos Díez de la Lastra, Director da Les Roches Marbella, “estas duas fronteiras fora do ambiente natural do ser humano são muito parecidas, sabemos que as primeiras expedições turisticas ao espaço e às profundezas do oceano  não vão ser cómodas e com grandes privilégios mas serão o primeiro passo de únicas e históricas viagens de exploração.”

Cinquenta anos depois da chegada do Homem à Lua, este satélite continua a despertar todo o interesse. Bernard Foing, Responsável do Grupo Internacional de Exploração Lunar da ESA para Keynote, apresentou a importância de contar con ferramentas de rastreio e mapas para estabelecer as condições e estudar o impacto que uma experiência espacial tem num turista.


Este Grupo Internacional de Exploração Lunar da ESA para Keynote estuda em bases análogas na Terra, como as do Hawai, soluções para combater os efeitos nocivos do pó lunar e desenham as bases do futuro, nomeadamente ao nivel da construção de hotéis, que irão precisar por exemplo de uma maior verticalidade.

Arthur Paolella, Chefe da equipa científica da Harris Corporation, também referiu os desenvolvimentos tecnológicos nomeadamente ao nivel da impressão 3D para abordar os desafíos tanto de submarinos como de cápsulas espaciais, com base na experiencia científica e na engenharia de materiais de alta potência.
A impressão 3D contribuí para a criação de instrumentos necessários para tornar a vida possível no espaço. É uma tecnología que permite a produção de componentes para varias áreas que num ambiente normal levariam muito tempo a serem produzidos. Desde componentes electrónicos a material médico, peças de substituição e soluções para avarias  no espaço, ferramentas que fazem ganhar espaço nas viagens, a leveza de peças que fazem por exemplo os aviões gastarem muito menos combustível.
Por exemplo, graças à tecnología 3D é possível fabricar azulejos a partir de materiais obtidos da própria superficie lunar, um avanço sem precedentes para a construção de futuros habitats e recintos turísticos em outros planetas.

De destacar que ainda que apesar desta tecnología funcionar no nosso planeta, têm de ser desenvolvidas máquinas especializadas capazes de trabalhar em ambientes hóstis como os do espaço. Os elementos têm também de sobreviver à exposição de altas temperaturas e à radiação, ao impacto de micro meteoritos e restos orbitais e devem resistir ao tempo.


Nancy Vermeulen, licenciada em Ciências Fíisícas, piloto e coach, treina os futuros turistas espaciais antes de começar a sua grande aventura, oferecendo a oportunidade de sentir a não existencia de gravidade ou experimentar um voo espacial real desde a sua escola a «Space Training Academy» na Bélgica.
Os cursos, de um mês de duração , são compostos por distintos módulos e têm um valor aproximado de 15.000 euros (a totalidade dos módulos.  Um voo para experienciar a gravidade zero, por exemplo, ronda os 3.500 euros.

Os astronautas privados devem estar preparados, não apenas físicamente mas também psicologicamente mediante um treino real” revela a piloto. Algo que Ana Bru, a primeira mulher espanhola que viajará ao espaço com a Virgin Galactic já experimentou, assim como Eduardo Lurueña, primeiro astronauta civil espanhol eleito por Buzz Aldrin e Ángel Jané, selecionado para establecer uma colónia em Marte dentro do programa "Mars One", que também partilharam as suas experiências nesta conferencia.


O Mundo Subaquático, uma nova visão

Javier Noriega, Presidente do Clúster marítimo marinho da Andaluzia iniciou a sua intervenção referindo “ O meio marinho é ainda muito desconhecido. Uma nova visão deste cosmos implica muitas questões. As viagens submarinas já são uma realidade e necessitam de um maior apoio institucional”. È o caso de Espanha país que tem mais de 3.000 quilómetros de costa e mais de 3.000 anos de história marítima, que pode beneficiar muito com este tipo de turismo.  Desde visitas a depósitos arqueológicos no fundo do mar a rotas submarinas que permitem conhecer a fauna, uma oportunidade única para lançar o turismo científico que traz também novos segmentos de clientes: por exemplo pessoas com deficiencia que neste ambiente podendem sentir uma liberdade única. Um turismo que sem dúvida ofrecerá experiências fascinantes a preços realmente competitivos Un turismo, en definitiva, que oferece experiencias únicas a preços realmente competitivos, uma vez que uma excursão subaquática ronda os 90 euros.  


Scott Waters é o Presidente de Pisces VI Submarine, empresa propietária dos submarinos privados que atingem a maior profundidade e cujo financiamiento se obtén graças ao turismo e à partilha de tecnología e descobertas científicas. As suas naves para 1 piloto e 2 convidados, permitem adaptar-se aos contentores transportados pelos barcos, tornando o transporte mais barato e facilitando a sua mobilidade ao longo do globo. “Cada vez que vou às profundezas consigo ver um novo animal e ninguém ainda viu. A partir de Pisces Submarine queremos levar os turistas a locais inexplorados, onde ninguém esteve antes” afirmou Walters.  Qualquer pessoa ou instituição pode contratar os seus serviços, como por exemplo organismos governamentais. A imersão de um día ronda os 12.000€ a partir da sua sede no Canáda.

Para aquelles aventureiros que querem vive ruma experiencia deste tipo, o próximo destino é a Antártida, numa viagem de 25 dias por um valor de 50.000€, sendo que para a inscrição basta enviar um e-mail ao director da empresa. Serão cinco os turistas selecionados que irão procurar vida nas profundezas do mar, em locais completamente intocados pelo homem.

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