Sara Tavares foi derrotada pelo temor cerebral

Foi na primeira edição do programa, da Sic em 1994, que a jovem cantora concorre e ganha o "Chuva de Estrelas".

Nesse mesmo ano concorre ao Festival RTP da Canção e volta a triunfar, dando-lhe a possibilidade de mostrar "Chamar a Música", a toda a Europa no Eurovisão.

Nas duas décadas seguintes, Sara Tavares editou vários álbuns que a aproximaram das raízes cabo-verdianas, com destaque para "Balancê" (2005), que lhe valeu um disco de platina e uma nomeação como Artista Revelação as prémios BBC Radio 3 World Music.

Em 2009, Sara Tavares foi obrigada a interromper a carreira devido ao diagnóstico de um tumor no cérebro. Mas a sua persistência e garra, levou-a a decidir que não iria ficar longe dos palcos. A música chamou por ela, e com uma agenda extremamente reduzida, proporcionou mais alguns momentos de alegria e prazer, aos seus milhares de fãs.

Em 2011, recebeu Prémio de Melhor Voz Feminina nos Cabo Verde Music Awards e no ano seguinte deu continuidade à digressão internacional "Xinti", título do álbum editado em 2009, que lhe valeu o Prémio Carreira do África Festival na Alemanha.

Em 2018 esteve nomeada para os Grammy Latino com o quinto álbum, "Fitxadu" (2017), no qual aprofundou a relação com a música cabo-verdiana, contando com Manecas Costa, Nancy Vieira, Toty Sa'Med e Kalaf Epalanga entre os convidados.

A luta com o tumor continuava, até que na manhã de 19 de Novembro de 2023, acaba por a perder no Hospital da Luz, em Lisboa.

Sara Alexandra Lima Tavares nasceu a 01 de Fevereiro de 1978, em Lisboa, filha de imigrantes cabo-verdianos.