Festival Sons do Atlântico com Camané, Amparo Sanchez e Paulo Flores

A espanhola Amparo Sanchez, a vocalista dos Amparonóia, e Dino D´Santiago abrem, no dia 13, a 9.ª edição do certame, que encerra a 15 de Agosto.

Amaparo Sanchez apresenta, no palco algarvio, o seu novo álbum a solo "Espiritú del sol", com canções de Mano Negra e Chavela Vargas.

Dino D'Santigo, natural de Quarteira, no Algarve, venceu no ano passado as categorias de Melhor Batuku/Kola Sanjon, com a canção "Ka Bu Tchora", do disco "Eva", e ainda de Melhor Álbum Acústico, "Eva", dos Cabo Verde Music Awards.

No dia 14, actuam os Marafona e a orquestra chilena Chico Trujillo, "apontada como pioneira na revitalização da cumbia chilena", segundo a organização do Festival.

Os Chico Trujillo, "misturando pedaços do passado com a influência global da cultura alternativa, são hoje um símbolo maior da cumbia. A exuberância da banda representa um aclamado regresso ao mundo da festa, do baile e dos prazeres nocturnos", diz a organização, que adiantou que a orquestra vai apresentar o seu novo álbum, "Reina de todas las fiestas".

O dia encerra com os portugueses Marafona, nome da banda que junta cordofones portugueses e percussões, inspirado na boneca de trapos da aldeia de Monsanto.

Segundo a organização, o nome escolhido "simboliza, no formato desta banda, a fertilidade na cultura popular enriquecida pela soma das identidades numa identidade bem singular".

Os Marafona são os músicos Gonçalo Almeida (cavaquinho, guitarra portuguesa, viola campaniça, braganiça, trancanholas e gaita de foles), Ian Carlo Mendoza (percussões), Cláudio Cruz (contrabaixo), Daniel Sousa (viola) e Artur Serra (voz, adufe e berimbau de boca).

O programa do dia 15 abre com o fadista Camané, que apresenta o seu mais recente álbum, "Infinito presente".
O CD, editado no passado dia 04 de Maio, inclui um inédito de Alain Oulman, "A correr", e duas composições de José Júlio Paiva, bisavô do fadista.

O "título-tema" do disco é um poema de David Mourão-Ferreira, poeta de referência do fadista, de quem, entre outros, já gravou "Escada sem corrimão".

Machado de Assis, Frei António Chagas, João Ferreira-Rosa, Manuel Alegre, Fernando Pessoa e Manuela de Freitas são outros autores escolhidos pelo fadista, que, no palco algarvio, é acompanhado pelos músicos José Manuel Neto, na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença, na viola, e Paulo Paz, no contrabaixo.

O angolano Paulo Flores encerra o Festival apresentando vários temas do seu repertório, designadamente do seu mais recente álbum, "O país que nasceu meu pai".

"Neste disco, Paulo Flores procura reavivar a memória do tempo da geração de seus pais, os seus sonhos, os seus ideais, a sua forma de estar, de ser, de pensar e até de vestir, e homenageia esta geração que plantou nos seus quintais a nova africanidade angolana", segundo a organização.

Paulo Flores é, desde 2007, embaixador de Boa Vontade das Nações Unidas para Angola