Turismo de Portugal investe 2,5 milhões de euros na integração de Imigrantes

por: António Manuel Teixeira
Turismo de Portugal investe 2,5 milhões de euros na integração de Imigrantes
O Turismo.PT

Iniciam-se hoje as inscrições para o “Programa de Formação e Integração de Migrantes e Beneficiários de Proteção Internacional no Sector do Turismo”.

Vai envolver mil formandos, durante quatro meses e será ministrado na Rede de Escolas de Hotelaria e Turismo do Turismo de Portugal, incluindo um mês de estágio em empresas parceiras. Trata-se de um projecto do Turismo de Portugal, Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e Confederação do Turismo de Portugal (CTP).

O programa foi oficialmente apresentado numa cerimónia que contou com as presenças do Secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, o Presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, o Presidente da AIMA, Pedro Portugal Gaspar, o Presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, e a Vogal do Conselho Directivo do Turismo de Portugal, Catarina Paiva.

Pretende-se contribuir para a melhoria das condições de integração dos migrantes e beneficiários de protecção internacional e prepará-los para uma integração no sector do turismo, posicionando Portugal como uma referência internacional no acolhimento destes públicos. O programa representa um investimento do Turismo de Portugal de 2,5 milhões de euros e disponibiliza apoio personalizado aos formandos, bolsa de formação, subsídio de transporte e alimentação​.

A formação visa desenvolver competências profissionais que habilitem a trabalhar em empresas do turismo, nomeadamente de hotelaria e restauração, através de metodologias de formação prática de learning by doing, incluindo formação nas áreas da comunicação, línguas e cultura portuguesa.

Este programa de inserção no mercado de trabalho vai ser desenvolvido em cooperação com as associações empresariais, de forma a assegurar a realização de estágios remunerados e/ou de contratos de primeiro emprego. Desta forma, a iniciativa visa também contribuir para a responsabilidade social das empresas do turismo e o desenvolvimento da multiculturalidade da força de trabalho reforçando o contributo do sector na construção de uma sociedade mais justa e mais inclusiva.

Para terem condições de se candidatar ao programa, os migrantes e beneficiários de protecção internacional têm de ter a sua situação regularizada, ser maior de idade e ter residência habitual em Portugal.

Carlos Abade, Presidente do Turismo de Portugal, destaca que "a formação contínua, proporcionada pela Rede de Escolas do Turismo de Portugal é, sem dúvida, um contributo significativo para a coesão social e para o fortalecimento de uma força de trabalho mais diversificada e igualmente qualificada, essencial para a sustentabilidade e competitividade do setor do turismo."

Pedro Portugal Gaspar, Presidente da AIMA, salienta que “este Protocolo tem um duplo impacto na sociedade portuguesa, uma vez que promove a integração dos migrantes e de beneficiários de protecção internacional, capacitando-os para exercer actividade profissional no sector do turismo, e que potencia o desenvolvimento sustentado da economia nacional e a descentralização.”

Francisco Calheiros, Presidente da Confederação do Turismo de Portugal, sublinha que a CTP tem defendido políticas de inclusão para os migrantes que procuram o nosso país para trabalhar e nelas estão naturalmente incluídas a formação e qualificação dos cidadãos. O turismo, setor estratégico da nossa economia com elevada necessidade de mão de obra, tem de apostar na capacitação destes migrantes, de forma a promover a sua integração plena e, simultaneamente, assegurar a oferta e a qualidade que têm permitido o crescimento sustentável da atividade turística.

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