CEO da Melia Hotels afirma:: “tenho em caixa a liquidez necessária”

A grande maioria das grandes cadeias hoteleiras, cujo negócio está mais de um ano destruído, apresentam um grade musculo financeiro ao alcance de muito poucas empresas turísticas. Um claro exemplo disto é o Melia Hotels International, que em Setembro 2020, dispunha de 448 milhões de liquidez.

Numa entrevista a El Economista, Gabriel Escarrer, vice presidente executivo e conselheiro delegado de Meliá explica que “o consumo de caixa num cenário de confinamento total” é de “45 milhões ao mês”, embora numa hibernação como a verificada no terceiro trimestre, com hotéis  abertos mas sem ganhar dinheiro, seja de 31 milhões ao mês”.

 “Os investidores vêem essa tranquilidade, sem necessidade de acudir ao mercado nem de fazerem uma aumento de capital”, assinala.

O empresário, que reconhece que se a crise da Covid 19 “tivesse acontecido em 2008, provavelmente nem a Meliá nem muitas outras empresas hoteleiras tivessem conseguido resistir ”e é taxativo em relação à situação que o seu grupo atravessa:  acrescentando “ Tenho em caixa toda a liquidez necessária  para os meus compromissos financeiros, já de novo financiados”

E acrescenta: “ e há outra circunstância importante na ultima valorização de activos que fizemos há dois anos que foi reduzida em 11% em Junho era de 3.700 milhões. Destes há 900 milhões com alguma hipoteca associada. Mas há 2.800 milhões que estão livres de hipoteca. Estão activos e prontos a serem utilizados” esclarece

Para além deste musculo financeiro, a cadeia conta com outra vantagem competitiva.

“Melia é uma das cadeias hoteleiras, a nível mundial, menos afectadas graças a que a componente urbana é mínimo: menos de 24% dos lucros brutos (ebitda)” esclarece Escarrer que prevê que “as grandes mudanças irão dar-se a nível dos negócios”.