Pela primeira vez o Festival da Canção leva à Eurovisão uma música cantada em inglês, pois os vencedores The Blcak Mamba só cantam em inglês.
Apesar da dificuldade aparente em apresentar uma canção em inglês, a banda considerou que, ao fazê-lo, foi “coerente” em relação ao seu próprio percurso.
Os jurados, com um peso de 50% na votação final, escolheram o tema "Por um triz" de Carolina Deslandes e o público optou por The Back Mamba com "Love is on My Side". O resultado foi um empata entre as duas com 20 pontos. No entanto o regulamento diz que "em caso de empate ganha que for escolhida pelo público".
Tatanka admitiu que ficou surpreso “por uma questão muito simples": o tema ser interpretado em inglês. "Sabíamos que era muito difícil bater as canções, e lindas cantigas que tínhamos em português como a da Carolina, a da Joana Alegre, a do Filipe Melo", referiu o compositor e vocalista na emissão online.
Foi em 2010 que Tatanka, Ciro Cruz e Miguel Casais fundaram os The Black Mamba, que têm tido um percurso com sucesso, sempre no registo dos blues, soul e funk.
A RTP homenageou a figura ímpar do fado, Carlos do Carmo, que morreu no primeiro dia do ano, aos 81 anos. Os fadistas Ricardo Ribeiro, Ana Moura e Camané interpretaram os temas “Estrela da Tarde”; “Uma Flor de Verde Pinho”; “No Teu Poema”; respectivamente e em conjunto “Lisboa Menina e Moça”.
Temas esses que o Embaixador do Fado apresentou no mítico Festival da Canção de 1976, em que interpretou a todas as canções a concurso.
Mas também Dino Sant'iago cantou um dos temas mais emblemáticos do fadista: "Os Putos".
Os Clã, com Filipe Sambado e Cláudia Pascoal, fizeram os espectadores recordar temas de "Mudam-se os Tempos Mudam-se as Vontades", "Cantigas do Maio" e "Os Sobreviventes". Ou seja os álbuns de estreia de José Mário Branco, José Afonso e Sérgio Godinho, respectivamente. No final Sérgio Godinho também cantou um novo tema, "composto durante a pandemia", “Novo Normal".
A poucos minutos de saber quer seria o representante português em Roterdão, Filomena Cautela, Vasco Palmerim e Inês Lopes Gonçalves juntaram-se em palco para uma última canção: “Esta é a canção".
De salientar que a criatividade para fazer um espectáculo como o Festival da Canção, se público, foi enorme e perfeita. Os dois "grandes" apresentadores foram extraordinários para que a inexistência de público não afectasse o programa. Toda a produção, dirigida por Carla Bugalho, está totalmente de parabéns. Foi um trabalho extraordinário.
Temos de referir que a RTP ganhou muito dinheiro, com o programa. Pois ultrapassaram as 65 mil chamadas com o custo de 0,60€+IVA.
Jornalista