A abertura do Queer Lisboa teve como destaque o discurso do director do Festival, de que destacamos "ao destes anos tive muitas críticas, até uma ameaça de morte". De seguida foi exibido o filme "Los Fuertes".
Com o Cinema São Jorge a cumprir todas a medidas de segurança, em relação à Covid 19, estreou dia 18, a 24ª edição do Festival de cinema Queer Lisboa. Pena que após todo o cuidado na saída por parte dos funcionários do cinema, os espectadores estivessem, na rua, em grupos de mais de 10 pessoas e sem máscara, a confraternizar. comentar o festival e o filme. Onde está a responsabilidade e o civismo destas pessoas? Obviamente que a organização nada pode fazer, uma vez que não estão no recinto do Festival.
Com duas décadas de Queer, João Ferreira, recordou muitos momentos como "em que fiz amigos", referindo que "uns estão aqui na sala, outros seguiram outras vidas e outros já não estão junto de nós". salientou, e que como qualquer dirigente, "recebi muitos elogios e muitas críticas", salientando que "até uma ameaça de morte".
Podemos afirmar, embora esteja rodeado por bons profissionais, este director é a alma do Queer Lisboa. João ferreira enumerou os muitos apoios que o Festival recebe, com,o por exemplo da Câmara de Lisbos, mencionanda a vogal da Cultura, Catarina Vaz Pinto, presente na sala, Egeac, Cinemateca, e Cinema São Jorge. .E João Ferreira não deixou de mencionar a situação bizarra em que se realiza esta edição do Queer. E o director do Queer lembra que "o momento é particularmente dificil" e que ainda vai durar´pelo menos nos próximos dois anos .Para João Ferreira a Cultura ainda "vai sorer durante dois anos".
João Ferreira lembra que nestas circunstâncias foi necessária muita "paciência" para organizar a 24 edição do Queer 2020. "A cultura é visual, de corpo de jogo, de memória, não se concebe que seja virtual" afirma o director do Queer 2020. Aqui se revelou a resistêncai e a vontade perante uma crise que teima em desaparecer.
Convém salientar que o Queer é o festival de cinema mais antigo de Lisboa.
Desde 1997, o ano do seu nascimento, que o Queer tem procurado apresentar filmes com vasta abordagem mas sempre de modo a não resvalar para classificações baratas sobre a identidade, o género e a sexualidade em permanente mutação.
Será deste modo que o Queer continuará a manter de pé os seus valores que ao longo do tempo têm cativado novos públicos, tentando abraçar sobretudo novas gerações.
As temáticas gay, lésbica, bissexual, transgénero, transsexual, intersexo e de outras sexualidades e identidades não-normativas, poderão ser conhecidas este ano no Cinema São Jorge e na casa do cinema nacional: a Cinemateca Portuguesa em Lisboa.
Das palavras de João Ferreira infere-se esta vontade de continuar um caminho há muito começado ainda não terminado.
A abrir o Queer 2020, foi exibido o filme de Omar Zuñiga, “Los Fuertes”, estreado no Festival Internacional de Cinema de Valdivia em 2019.
“Los Fuertes” é uma história de amor e paixão entre Lucas e António, que acontece numa pequena aldeia do sul do Chile, onde Lucas foi visitar a irmã.
A história fala-nos do encontro e da paixão entre Lucas e o contramestre Antonio, numa aldeia remota no sul do Chile onde Lucas se encontra a visitar a sua irmã.
Com o desenrolar da acção sabemos os seus projectos de futuro. que cada um definiu para si próprio, marcados e muito pela relação com a família e sobretudo do seu amadurecimento e opções de vida.
“Los Fuertes” volta a ser exibido no pelas 16:00 de domingo, dia 20