Bruxelas admite que cometeu erros na estratégia da vacinação europeia

por: Zita Ferreira Braga

Ursula Von der Leyen reconhece que “se cometeram erros” nesta estratégia de vacinação europeia


“Fomos demasiado optimistas com a capacidade de produção (de vacinas) e talvez demasiado seguros pelo que tínhamos encomendado e pago pelas mesmas e que seriam entregues a tempo” constatou a presidente da Comissão Europeia (CE) Ursula Von der Leyen que admitiu que se “cometeram erros” com esta estratégia: as autorizações atrasaram, subestimou-se a capacidade de produção e algumas empresas não respeitaram os compromissos.

Erros que põem em causa temporada turística deste ano, como advertido várias vezes pelo sector. Estas falhas tornam evidente que a má gestão da campanha de imunização levada a cabo desde Bruxelas, a que se junta as más práticas farmacêuticas, a quem se acusa de atrasar as entregas para vender as doses ao melhor preço. Mas a questão agora é de que serve a CE se justifique quando se conclui que antes do Verão não estará vacinada nem 70% da população não vai remediar nada.

As declarações de Von der Leyen surgem depois do anuncio da Astra Zeneca de que só distribuirá 40 milhões de doses no primeiro trimestre- metade do anunciado- depois dos contratempos com o numero de vacinas Pfizer-BioNTech já resolvidos.

No entanto a presidente da CE culpa-se pelo facto de ter realizado a compra das vacinas dos 27 ao mesmo tempo.

“Teria sido o fim da nossa comunidade se os Estados membros maiores tivessem garantido a distribuição das vacinas e tivessem deixado os outros de fora” sustentou.
Pode ser que ter actuado em conjunto tenha sido um erro, uma demonstração da “solidariedade” europeia, como Von der Leyen defende, se bem que pouco vale à maltratada economia dos países europeus e sobretudo daqueles que mais dependem do Turismo como Espanha, se essa actuação conjunta  só tenha servido para desfazer conjuntamente os interesses das farmacêuticas, algo de que se acusa a dirigente europeia.
Tenho a sensação que os dirigentes farmacêuticos fizeram as leis e não a senhora”, criticou a eurodeputada da Esquerda Europeia, Manon Aubry.

Porque a Europa está a dar uma imagem de debilidade perante as grandes farmacêuticas, para além de ter sido exactamente transparente com os contratos assinados.

No princípio o problema parecia ser a demora com que vacinavam as CCAA.  quando era a chegada das vacinas se atrasava.


Agora que a EU claudicou perante as farmacêuticas, exige-se que se cumpra o determinado como também se justifica.

Globalmente temos subestimado as dificuldades que resultam de uma produção em massa” assegurou Von der Leyen.

RIU Hotels & Resorts

Amsterdam City Card

Etihad Airways