Nos primeiros três meses de 2025 Cuba recebeu 571.772 turistas internacionais, o que representa uma quebra de 29,3% face a igual período do ano passado, quando tinha recebido mais de 808 mil turistas.
Os dados, avançados noticiados pelo Publituris, citado pelo Hosteltur com base na informação que consta do relatório trimestral “Turismo. Indicadores Selecionados”, que foi divulgado pela Oficina Nacional de Estatística e Informação (ONEI) cubana, mostram que o país recebeu menos 237.169 viajantes internacionais que nos três primeiros meses de 2024.
Como consequência da quebra de turistas também o total de dormidas nos estabelecimentos passou de mais de cinco milhões no primeiro trimestre de 2024 para três milhões e seiscentas em igual trimestre deste ano, provocando uma taxa de ocupação de 24,1%, representando uma quebra de 11 pontos percentuais.
A descida do número de dormidas ditou a descida da taxa de ocupação da hotelaria cubana, que se ficou pelos 24,1%, o que representou uma quebra de 11 pontos percentuais face ao mesmo período do ano passado.
Rússia, Canadá e comunidade cubana com maiores quebras
Os dados do relatório “Turismo. Indicadores Selecionados” ajudam a perceber que os mercados que mais contribuíram para a descida do número de turistas internacionais em Cuba no primeiro trimestre foram a Rússia, o Canadá e o mercado da comunidade cubana que reside fora do país.
No caso da Rússia, a descida apresentada chega mesmo aos 50,1%, enquanto no caso do Canadá houve uma quebra de 31,8% no número de turistas que visitaram o país do Caribe no primeiro trimestre, tendo a descida da comunidade cubana residente no exterior chegado aos 20,4%.
Apesar da queda, o Canadá manteve-se como o principal mercado emissor para Cuba entre Janeiro e Março, com 272.274 viajantes contabilizados, seguindo-se a comunidade cubana residente no exterior, com 59.896 turistas, e os EUA, com 39.447 visitantes.
Já os mercados que mais cresceram nos três primeiros meses do ano foram a Turquia e a China, cujas subidas chegaram aos 32,8% e 18%, respectivamente.
No caso de Espanha, que foi o nono mercado emissor de turistas para Cuba, contabilizaram-se 9.827 viajantes, o que representa uma descida de 30% comparativamente aos três primeiros meses de 2024.
O Hosteltur lembra que, este ano, as autoridades turísticas cubanas estabeleceram a meta de 2,6 milhões de turistas internacionais, número que deverá ser difícil de atingir, atendendo às quebras registadas no primeiro trimestre e que se juntam à descida de 50% face a 2019 que o país já tinha contabilizado no ano passado.
Por isso, as autoridades cubanas têm vindo a anunciar “reformas estruturais” para revitalizar o turismo no país.