Mário Soares morreu um mês depois de completar 92 anos

Mário Alberto Nobre Lopes Soares ter sido internado nessa instituição desde a madrugada de 13 de Dezembro, onde entrou em situação crítica, depois de uma indisposição

Mário Soares nasceu a 07 de Dezembro de 1924, em Lisboa, era filho de João Lopes Soares, um antigo padre e professor que fundou o Colégio Moderno, e de Elisa Nobre Soares, professora. Licenciou-se na Universidade de Lisboa, primeiro em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1951, e mais tarde em Direito, em 1957.

Foi Primeiro-Ministro e Presidente da República, depois de surgir para o combate político, ainda durante a juventude, afirmando-se como uma das principais figuras da luta contra o Estado Novo. O que lhe valeu o exílio até ao dia 25 de Abril de 1974.

As últimas cinco décadas da história de Portugal  vão estar permanentemente ligadas a Mário Soares: no ataque à ditadura, na libertação democrática, na fuga ao comunismo, na opção europeia, na solidez democrática.

Muito polémico e ciente do seu próprio estatuto, Mário Soares construiu-se e edificou-se como símbolo nacional de resistência e liberdade, para muitos.

As exéquias fúnebres durarão três dias, em horários ainda a determinar. O corpo estará em câmara ardente no refeitório do Mosteiro dos Jerónimos, para onde será levado de sua casa com passagem e paragem na Câmara Municipal de Lisboa.

Uma vez que Mário Soares era laico não será velado em nenhuma capela nem haverá missa de corpo presente.

No último dia das exéquias será levado para o centro do claustro dos Jerónimos, onde se realiza uma cerimónia com intervenções da família e dos três maiores responsáveis do país. O Presidente da República, Primeiro-ministro e do Presidente da Assembleia da República, e com a actuação do coro do Teatro S. Carlos.

De seguida, o cortejo fúnebre seguirá para o Cemitério dos Prazeres, passando pelo Palácio de Belém, Fundação Mário Soares, Assembleia da República e sede do PS, partido de que é fundador.