"Primavera Cultural" de Paris a Cultura portuguesa invade a capital francesa

por: Zita Ferreira Braga

Paris vai ser palco da iniciativa "Printemps Culturel Portugais" ("Primavera Cultural Portuguesa"), que nos próximos meses apresentará , em espaços emblemáticos da capital francesa, vários artistas portugueses.

O evento nasce da colaboração entre os museus Grand Palais, Jeu de Paume, Cité de l'Architecture & du Patrimoine, a delegação francesa da Fundação Calouste Gulbenkian e o Théâtre de la Ville, que vão apresentar exposições do pintor Amadeo de Souza-Cardoso, da fotógrafa Helena Almeida, de meio século da arquitetura portuguesa, do artista Julião Sarmento e ainda uma peça da companhia Teatro Praga.


A "Primavera Cultural Portuguesa" é inaugurada a 20 de Janeiro, na Gulbenkian de Paris, com a exposição "Julião Sarmento, la chose, même - the real thing", que se prolonga até 17 de Abril e que apresenta "um panorama de uma figura de proa da arte contemporânea portuguesa, com uma carreira que começou por ser internacional", lê-se no comunicado de imprensa da organização.

"Ao longo dos anos, Julião Sarmento desenvolveu uma obra proteiforme, recorrendo à fotografia, ao desenho, à escultura, ao vídeo e à 'performance', mantendo uma estreita ligação com o texto que ele incorpora nas suas obras. O seu trabalho é marcado pela presença icónica da mulher, musa subtil e padrão recorrente enigmático que marca as suas propostas", refere ainda o mesmo comunicado.


De 09 de Fevereiro a 22 de Maio, o museu Jeu de Paume apresenta a retrospectiva "Helena Almeida. Corpus", mostrando, "pela primeira vez em França, as obras mais emblemáticas que aliam pintura, fotografia, desenho e vídeo", daquela que é "considerada uma das maiores artistas contemporâneas portuguesas".

"O ponto de partida da sua obra é sempre o seu corpo, como se ela não cessasse de afirmar: 'A minha pintura é o meu corpo, o meu corpo é a minha pintura'", diz a nota de imprensa, lembrando frases da própria artista

De 20 de Abril a 18 de Julho, o Grand Palais, associado às comemorações dos 50 anos da Fundação Calouste Gulbenkian, apresenta a retrospectiva de Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), "o segredo mais bem guardado da cultura portuguesa, que viveu e trabalhou entre Paris e Manhufe, no norte de Portugal".


"Próximo de artistas como Amedeo Modigliani, Constantin Brancusi, Alexander Archipenko, Juan Gris ou ainda Robert e Sonia Delaunay, Amadeo não se reivindica de nenhum movimento estético. Influenciado pelo impressionismo, expressionismo, cubismo e futurismo, ele rejeita qualquer etiqueta. As suas obras alimentam-se de um diálogo constante entre tradição e modernidade, associando pesquisas vanguardistas e releitura de temas iconográficos populares", remata a referida nota.


De 13 de Abril a 29 de Agosto, será a Cité de l'Architecture & du Patrimoine, em coproduçao com a Gulbenkian de Paris, a receber a exposição "Les universalistes. 50 ans d'architecture portugaise" ("Os universalistas. 50 anos da arquitectura portuguesa"), que apresenta "50 projectos arquitecturais sob a forma de maquetes produzidas especialmente para a exposição, documentos gráficos e audiovisuais".

De 31 de Maio a 04 de Junho, no âmbito da sétima edição do festival Chantiers d'Europe, o Théâtre de Ville propõe o "Projet Pessoa", do Teatro Praga, a companhia portuguesa que volta a ser convidada para o evento (Chantiers/Estaleiros da Europa), pelo quarto ano consecutivo.


"O Teatro Praga está de regresso com Fernando Pessoa na bagagem. Um monumento nacional abordado com muita liberdade e fantasia, com uma dramaturgia alegremente heteróclita que faz ressurgir a infância do poeta na África do Sul", conclui o comunicado dos organizadores.

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