Em Portugal podem fazer-se "férias inesquecíveis em qualquer região do país"

por: António Manuel Teixeira

'Norte mais qualificado', 'Norte mais atrativo' e 'Norte com mais energia' são os eixos do novo plano de recuperação do turismo no Norte para avançar em Junho e combater crise no sector provocada pela pandemia.

O presidente da Turismo Porto e Norte (TPN) revelou, hoje, à Lusa que em conjunto com a Associação de Turismo do Porto (ATP), estão a preparar "um plano de recuperação do sector do turismo na região". Explicando que se trata de um "plano em três eixos. Um que se chama Norte mais qualificado, outro Norte mais atractivo e um terceiro Norte com mais energia".

Em entrevista telefónica à Lusa sobre o trabalho que a TPNP está a realizar para a retoma do setor turístico na próxima época alta, Luís Pedro Martins explica que o plano de recuperação é um "plano ambicioso" e que se quer iniciar já no próximo mês de Junho, designadamente com a campanha promocional 'Escolha Segura - Mergulhe na Região', cujo objectivo é convidar o turista português a visitar no verão os territórios do Norte com baixa densidade populacional em tempos de coronavírus.

O primeiro eixo do plano de recuperação, o 'Norte mais qualificado', tem o objectivo de "repensar" toda o produto turístico "tendo em conta as novas necessidades do turista", relacionadas com a pandemia, explicou o dirigente.

Tudo aquilo que o turista agora procura agora é "privacidade, segurança, tranquilidade, grupos mais pequenos, procura de espaços de natureza e fuga dos grandes centros urbanos", características que o território Norte de Portugal tem com as suas "albufeiras", "rios", "lagoas", "geoparques" e "serras", para além do Património Mundial da Unesco, como o Parque Nacional Peneda-Gerês, Vale do Côa ou o Douro Vinhateiro.

Com o eixo do 'Norte mais atractivo', a TPNP está a rever a "comunicação do destino", colocando a "segurança na linha da frente", com "muitas acções de promoção do destino" destinadas, em primeiro lugar, para os portugueses, mas dirigida também no mercado espanhol e depois, através da ATP, no resto do mercado internacional.

Neste momento o foco principal da TPNP é a captação do "turista nacional", porque o regresso do mercado internacional está dependente das companhias de aviação, abertura das fronteiras, entre outras decisões, acrescentou.

O presidente da TPNP considera que num território "tão pequeno como Portugal", podem fazer-se "férias inesquecíveis em qualquer região do país", mas sublinha que o Norte tem uma "enorme vantagem", porque tem "mais de 300 mil hectares de área protegida", com "serras, montanhas, planaltos, vales e rios".

Luis Pedro Martins recordou que "temos muitos trilhos, cascatas, observação de aves, temos Peneda-Gerês, Douro Internacional, Parque Natural de Montesinho, Litoral Norte com praias fantásticas para a prática de desportos de deslize, temos a Barragem do Azibo, temos o Geoparque de Arouca, Miradouro do Penedo Durão sobre o Douro, Vale do Tua, Estuário do Douro, Reserva Biosfera transfronteiriça", acreditando que a "imensidão de possibilidades" vai surpreender os turistas nacionais.

As "road trips" (viagens de carro), mota ou caravana vão uma tendência que se crê que cresça no contexto pós pandemia, e a região Norte considera que "estrada nacional N.2, a estrada nacional 222, ou rota do Românico são outros argumentos para fazer "férias em família, em casal ou grupos reduzidos de amigos".

O "Norte com mais energia" é um eixo para 2021 e 2022 e tem a ver com a identificação eventos que possam trazer turistas estrangeiros ao território -- como o Wine Festival, o MIMO Festival Amarante, Feira Medieval, Romaria da Senhora da Agonia em Viana do Castelo ou os Caretos de Trás-os-Montes -, e depois "fazer uma comunicação como nunca foi feita para ajudar a que seja mais um motivo de atracção para a região", referiu.

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