Salzburgo: Nuno Coelho é finalista do prémio Jovens Maestros

por: Zita Ferreira Braga

O maestro português Nuno Coelho é um dos finalistas do prémio de Jovens Maestros, do Festival de Música de Salzburgo, cujo vencedor será anunciado hoje, na cidade austríaca.

 

Nuno Coelho concorre ao prémio juntamente com a maestrina francesa Marie Jacquot e com o maestro britânico Kerem Hasan.

A prova do maestro português, que exige a direcção da Camerata Salzburg, realiza-se hoje à tarde, e tem como programa a 5.ª Sinfonia de Franz Schubert, o recitativo e ária de Mozart, sobre Metastásio, "Alcandro, lo confesso" -- "Non sò d'onde viene", a "Dança de Galanta", de Kodaly, e "Canto para Timor Leste", na versão para instrumentos de corda, de Luís Tinoco.

De acordo com a organização, os três finalistas têm de dirigir a Camerata Salzburg, antes da decisão do júri.
Os concertos decisivos dos três finalistas seguem desde sexta-feira.

O Prémio Jovens Maestros do Festival de Salzburgo tem um valor monetário de 15.000 euros e inclui ainda uma actuação na edição de 2018 daquele festival de música.

Nascido no Porto, em 1989, Nuno Coelho venceu em 2016 o Prémio Jovens Músicos da Antena 2, na categoria de Direcção de Orquestra.

Actualmente é maestro assistente da Orquestra Filarmónica da Holanda e dirige a Orquestra de Câmara da Holanda, em colaboração com o violinista Gordan Nikolic.

No ano passado, foi seleccionado como bolseiro do Festival do Tanglewood, em Boston, onde trabalhou com a orquestra do festival e assistiu os maestros convidados, como Andris Nelsons, Charles Dutoit, Christoph von Dohnányi, nos concertos com a Orquestra Sinfónica de Boston, protagonista deste encontro de verão, desde a década de 1930, com o maestro Serge Koussevitzky.

Em 2015, Nuno Coelho foi um dos distinguidos com o Prémio Neeme-Järvi, atribuído pelo Festival Menuhin de Gstaad, na Alemanha, tendo sido convidado a dirigir a Orquestra de Câmara de Basileia.

De acordo com a biografia na página oficial na Internet, Nuno Coelho começou por estudar violino, fez estudos musicais no Porto, em Klagenfurt, na Áustria e em Bruxelas, onde fundou a Phoenix Chamber Orchestra.

Dirigiu a Orquestra de Jovens de Antuérpia, a Orquestra Sinfónica da Caríntia e, por diversas vezes, a Orquestra de Câmara de Klagenfurt, em obras de Sergei Prokofiev, Maurice Ravel, Johann Sebastian Bach, Edward Elgar e Arvo Pärt, entre outros.

Dirigiu a ópera "La Traviata", de Verdi, em Teplice, e "Cavalleria Rusticana", de Pietro Mascagni, em Pilsen, na República Checa.

Participou em “masterclasses” de maestros como Bernard Haitink, Esa-Pekka Salonen, Neeme Järvi e Gennady Rozhdestvensky.

Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian desde 2014, o maestro Nuno Coelho dirigiu a Orquestra Gulbenkian, em Março, em Lisboa, no âmbito do programa dedicado a Almada Negreiros - "Almada Negreiros em concerto" -, que incluía o resgate de "La tragedia de Doña Ajada", do músico espanhol Salvador Bacarisse, estreada em 1929, com ilustrações de Almada Negreiros para projecção em "lanterna mágica".


Em Outubro, Nuno Coelho regressará ao Grande Auditório Gulbenkian, para dirigir a Grande Final do Prémio Jovens Músicos Antena 2.

Em 2018, o maestro volta a ter reservado o lugar de regente da Orquestra Gulbenkian, em Lisboa.
Assim no dia 18 de Março, dirigirá a série "Mozart para todos", com o programa que inclui o "Rondo alla turca", do compositor de Salzburgo, a "Pequena Serenata Noturna" (Serenata para cordas em Sol maior, K.525) e o Concerto para dois pianos e orquestra, em Mi bemol maior, K.365, com Lucas e Arthur Jussen, como solistas.

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