Convento da Graça acolhe exposição de Diamantino Tojal

por: Mafalda Bettencourt

No dia do Corpo de Deus, um feriado católico, será inaugurada no Convento da Graça a exposição “Corpus Christi. A procissão do Corpo de Deus” da autoria de Diamantino Tojal

 

Pelas 15:00 de hoje, dia 15 de Junho será inaugurada na Sala do Capítulo do Convento da Graça, a exposição “Corpus Christi. A procissão do Corpo de Deus” por Diamantino Tojal.

Esta será uma ocasião única para ver a totalidade desta colecção e também a primeira oportunidade de ver o resultado das obras de restauro que tiveram lugar na Sala do Capítulo do Convento da Graça, no âmbito do protocolo entre a Câmara de Lisboa, a Fábrica Paroquial da Freguesia de Santo André- Graça e a Real Irmandade de Santa Cruz e Passos da Graça.

“A mostra reconstitui a exposição original apresentando as 1587 miniaturas, em barro não cozido, que retratam a procissão do Corpo de Deus como seria no século XVIII, concebidas e moldadas à mão, entre 1944 e 1948, pelo empresário Diamantino Tojal.

O vasto conjunto, que faz parte do acervo do Museu de Lisboa, apenas tinha sido apresentado na sua totalidade em 1948 no Palácio Galveias. Em 2016, algumas peças foram expostas, durante cerca de uma semana, nos Paços do Concelho para assinalar a reposição do feriado nacional.

A procissão do Corpus Christi, que se celebra na quinta-feira a seguir ao Pentecostes, foi instituída por Urbano IV, em 1264, e é provável que o bispo de Lisboa à época, D. Mateus, tenha introduzido a festa no calendário litúrgico da cidade.

No século XV, era já a mais importante procissão lisboeta. O seu cortejo era memorável pela pompa, luxo e ostentação exibida por todos os estratos socioprofissionais da cidade.

No reinado de D. João I, tinha especial destaque a figura de S. Jorge, então padroeiro do reino, que fazia parte de um grupo alegórico que incluía o santo guerreiro, montado num cavalo branco, acompanhado por pajem e alferes. Este último, por ostentar armadura, era conhecido por Homem de Ferro, e seguiam-se cerca de 50 cavalos conduzidos à mão.

Tratava-se de um verdadeiro espectáculo público que juntava, num mesmo acontecimento, toda a cidade e os seus habitantes.
A procissão era cenário religioso, mas também profano.

As corporações, agrupadas na Casa dos Vinte e Quatro, levavam as suas bandeiras e, a acompanhá-los, ia toda a espécie de carros e apetrechos: castelos, insígnias, o dragão dos sapateiros, a nau dos calafates... Também as dezenas de confrarias religiosas estavam presentes, com os seus pendões e charamelas, de que se destacava o bando musical conhecido por Pretos de S. Jorge. Em algumas épocas, desfilaram também diabos, príncipes, feiticeiros e cómicos.


A exposição Corpus Christi. A procissão do Corpo de Deus por Diamantino Tojal estará patente até 01 de Outubro.

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