“Ramiro” de Manuel Mozos abriu a 15ª edição de Doclisboa- Festival Internacional de Lisboa

por: Zita Ferreira Braga

Foi com a estreia mundial de “Ramiro” um filme de Manuel Mozos que abriu a 15ª edição do Doclisboa, Festival Internacional de Cinema.


Os directores do Festival Cíntia Gil e Davide Oberto subiram ao palco para, além de saudarem o público, apresentarem os pontos essenciais de um festival que se prolonga até dia 29 de Outubro.
Chamaram ao palco representantes dos principais parceiros do festival, como a Câmara Municipal de Lisboa, a Apordoc, falaram das dificuldades e sobretudo das perguntas sem reposta dirigidas às entidades competentes.

Mark Deputter que substitui Miguel Lobo Antunes na direcção da Culturgest dirigiu algumas palavras de incentivo , congratulando-se pela feliz decisão da direcção, nomeadamente de Miguel Lobo Antunes em apoiar e incentivar este festival.

Catarina Vaz Pinto, vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa lembrou a importância deste festival não só para o cinema em particular mas para cidade em geral.

A representante da APODOC lembrou que o filme que fez a sua estreia mundial no festival chega às salas de cinema portuguesas em Março 2018, nomeadamente às salas UCI, Cinema Ideal.
Por outro lado será exibido na Mostra de Cinema de São Paulo, no Festival de Sevilha, no festival de Mar de la Plata, na Argentina

Antes da exibição subiu ao palco toda a equipa de actores do filme “Ramiro”com Manuel Mozos a agradecer os aplausos com o ar tímido que já lhe conhecemos.

Depois de “João Bénard da Costa – outros amarão as coisas que eu amei” (2014) e de “Cinema: Alguns Cortes – Censura III” (2015) Manuel Mozos com “Ramiro”, segue o caminho da comédia divertida, com muita ternura e grande sensibilidade estética.

Ramiro é um alfarrabista que vive com o seu cão Ortigão, que escreve poesia, mas que não publica, nem ele sabe porquê, tem amigos, com quem bebe uns copos e conversa, e convive com Daniela uma jovem grávida e a avó Alice, que recupera de um Avc.


A sua vida reparte-se entre os livros que ama, os amigos que acompanha, e a sua escrita que não larga. Os sobressaltos na vida de Ramiro não são muitos e ele vai seguindo o seu trajecto sem grandes desvios.

Com este quotidiano tranquilo, Manuel Mozos consegue transmitir ao espectador que em tanta monotonia, Ramiro talvez gostasse de um pouco mais de rebuliço.

“Ramiro” é um filme invadido de ternura, onde a violência aparece de forma súbita, mas deixando sempre uma marca. Factor bem evidente no assalto que Ramiro sofre, e da recuperação do seu bem mais precioso, o seu livro!


O Doclisboa 2017 vai apresentar 231 filmes, vindos de 44 paises, 52 em estreia mundial, 44 são filmes portugueses e quatro são estreias europeias.

O Doclisboa distribui-se pela Culturgest, Cinema São Jorge, Cinemateca e Cinema Ideal.
Para dia 20 haverá a exibição de filmes na Culturgest, no Cinema São Jorge e na Cinemateca

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