Benicio del Toro, é um Pablo Escobar, violento e terno

por: Zita Ferreira Braga

Chega a 26 de Fevereiro às salas de cinema portuguesas o filme de Andrea di Stefano, "Escobar: Paraíso Perdido" protagonizado por Benicio del Toro.

 

Andrea di Stefano estreou-se na realização com este filme que retrata a vida de um dos homens mais violentos e sanguinários da história da Colômbia, Pablo Escobar.
Só que o realizador parece ter esquecido no desenrolar da história que a mesma era sobre Pablo Escobar e não sobre o romance da sobrinha com um surfista americano, porque por vezes esta se sobrepõe à outra.

No entanto a interpretação de Benicio del Toro impõe a sua interpretação apagando todas as outras quando aparece no ecran. O seu olhar frio, acutilante atravessa-nos, implacável.

Del Toro consegue com mestria oferecer ao espectador um homem profundamente dividido entre o bem, ele era o defensor das classes pobres e solucionou muitos problemas que deveria ter sido o governo a solucionar, e o mal, não hesitava em eliminar quem quer que fosse, se necessário.
Por outro lado o desempenho de Del Toro é uma aula para quem queira seguir o caminho da representação.

No olhar dele temos de descobrir o lobo que se esconde na candura de um inocente cordeiro. É este o grande atractivo deste primeiro filme do novel realizador Andrea di Stefano.

Mas existe aquela história de amor, metida um pouco à pressão talvez para amenizar a violência que atravessa o filme.
Mas a história de amor entre Nick e Maria é, no mínimo, absurda e ingénua. O que deveria ser a história de Escobar acaba por se transformar numa espécie de Romeu e Julieta, uma aventura amorosa previsível e desinteressante, uma aventura amorosa entre um estrangeiro e a sobrinha do narcotraficante.

Quando saímos temos a sensação de ter assistido a uma lição da arte de representar verdadeiramente fantástica mas com a sensação que Benicio del Toro não foi todo o Pablo Escobar que quereria e poderia ter sido.

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