Sector dos cruzeiros está de volta em força e com rumo a um futuro melhor

por: Tomás Ribeiro da Silva

Os protocolos do sector demonstraram uma facilidade na retoma das operações de cruzeiro, em que mais de 7,5 milhões de passageiros a navegaram em quase 90 mercados.

Durante a Seatrade Cruise Global em Miami, na Flórida, foram revelados novos dados pela Cruise Lines International Association (CLIA), que provam a força da comunidade envolvida nas viagens de cruzeiro. Em função disto, Kelly Craighead, Director e CEO da CLIA, diz que "À medida que o setor vai retomando as operações, espera-se que o volume de passageiros recupere e que, até ao final de 2023, ultrapasse os níveis de 2019, prevendo-se que, até ao final de 2026, o volume de passageiros venha a ultrapassar em 12% os níveis pré-pandémicos", adiantou ainda que "As viagens de cruzeiro são acessíveis, responsáveis e vivenciais, constituindo a melhor forma de conhecer o mundo para pessoas de todas as idades e com todo o tipo de interesses. Com o apoio de uma comunidade dotada de uma extraordinária resiliência, a indústria de cruzeiros tem um futuro brilhante à sua frente".

 

Em inquéritos realizados aos consumidores, as três principais conclusões tiradas foram:

- A apetência pelas viagens de cruzeiro voltou a crescer. De acordo com os dados, 63% dos viajantes ou potenciais viajantes consideram ser "muito provável" ou "provável" virem a fazer uma viagem de cruzeiro nos próximos dois anos.

- 69% dos inquiridos que nunca fizeram uma viagem de cruzeiro encaram essa possibilidade, o que ultrapassa os níveis pré-pandémicos.

- A Geração Y é a mais propensa a repetir a experiência de cruzeiro. Segundo o inquérito, 87% destas pessoas manifestaram a intenção de fazer uma viagem de cruzeiro nos próximos anos, seguido por 85% das pessoas da Geração X.

 

A CLIA e linhas de cruzeiro associadas anunciaram importantes compromissos de sustentabilidade ambiental, depois de a actividade ter vindo a ser retomada, e acreditam que através da inovação, levarão a um futuro mais eficiente. Foi anunciado que o compromisso de que todos os navios que rumem a portos onde seja possível a ligação direta à rede elétrica terrestre vão estar equipados para poderem efetuar essa ligação, o que vai permitir que os motores sejam desligados, eliminando efetivamente as emissões de carbono durante o tempo em que permanecerem em portos, até 2035.

Para que a pegada de carbono diminua, foram anunciadas medidas com vista no futuro, tanto no mar, como em cais, apostando em tecnologias ambientais avançadas e parcerias com parceria com cidades e portos na gestão sustentável de destinos.

Ao equipar os cruzeiros com equipamentos necessários para a ligação elétrica, a indústria está preparada para eliminar todas as emissões durante as presenças em portos.

A CLIA revelou ainda que vai aderir ao apelo do Fórum Marítimo Global, seguindo a missão de descarbonização do transporte marítimo, para que, até 2030, os cruzeiros com nenhumas emissões sejam os escolhidos por natureza.

Pierfrancesco Vago, diretor da CLIA, afirma que "A indústria de cruzeiros tem uma extraordinária capacidade de inovação, e queremos canalizar a nossa experiência coletiva e o nosso compromisso para ajudar a encontrar soluções, como um parceiro ativo no esforço de descarbonizar o transporte marítimo. Continuamos a traçar objetivos ambiciosos de redução das emissões de carbono em todo o setor, e as linhas de cruzeiro estão a abrir caminho através de parcerias com fornecedores de combustível, estaleiros, fabricantes de tecnologia e instituições académicas, no sentido de desenvolver novas fontes de combustível com baixas emissões de carbono.  Estamos a investir no nosso futuro"

RIU Hotels & Resorts

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