Um avião Boeing 787 Dreamliner da Air India, com mais de 240 pessoas a bordo, despenhou-se esta quinta-feira, 12 de Junho de 2025, após descolar do aeroporto de Ahmedabad, na Índia, com destino a Gatwick, em Londres.
As autoridades confirmam que não há sobreviventes.
De acordo com as primeiras informações divulgadas por fontes oficiais indianas, o voo AI 171 transportava cidadãos de várias nacionalidades, incluindo 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadiano. A bordo seguiam passageiros que se deslocavam por motivos de turismo, trabalho e reencontros familiares.
A imprensa local reporta que o avião caiu numa zona densamente habitada nos arredores de Ahmedabad, cidade com mais de cinco milhões de habitantes, provocando também vítimas no solo. Imagens transmitidas por canais de televisão indianos mostram uma densa coluna de fumo a erguer-se do local do impacto, onde se registam também elevados danos materiais.
O advogado norte-americano especializado em acidentes aéreos e representante legal de vítimas do desastre do Boeing 737 MAX8 ocorrido na Etiópia em 2019, afirmou: “as imagens disponíveis e os testemunhos sugerem uma possível falha nos sistemas de propulsão ou controlo de voo." Robert A. Clifford apelou a uma investigação célere e transparente, acrescentando que “as caixas negras deverão ser recuperadas nos próximos dias, sendo cruciais para apurar as causas desta tragédia."
O Ministério da Aviação Civil da Índia confirmou que as equipas de resgate, bombeiros e autoridades aeroportuárias estão a trabalhar no local, enquanto decorrem as investigações técnicas e forenses. As famílias das vítimas estão a ser notificadas, e linhas de apoio psicológico já foram activadas.
Este acidente representa um dos maiores desastres aéreos dos últimos anos em território indiano e levanta novas questões sobre a segurança operacional da aviação civil, nomeadamente no que diz respeito aos modelos Boeing de longo curso. Em particular, o 787 Dreamliner tem estado sob escrutínio por questões técnicas associadas a sistemas eléctricos e estruturais.
Entre os sete passageiros portugueses a bordo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português está a acompanhar a situação através da embaixada em Nova Deli e do consulado honorário em Mumbai. As autoridades nacionais mantêm contacto com as famílias e prometem prestar todo o apoio necessário neste momento particularmente difícil.
Esta tragédia lança um manto de dor sobre centenas de famílias e recorda, uma vez mais, a importância da segurança e fiscalização rigorosa no sector da aviação comercial, especialmente num contexto de crescente mobilidade internacional.