O Consórcio Newtour/MS Aviation está preocupado com a incerteza e com a aparente inércia em torno do processo de privatização da Azores Airlines.
O Governo Regional dos Açores decidiu, no início de Maio, cancelar o processo – "decisão essa que não foi contrariada nem confirmada pelo conselho de administração da SATA Holding", refere em comunicado. Com a privatização em suspenso, a Azores Airlines está "num impasse que pode ter consequências graves para a companhia aérea, para o sector do transporte aéreo na região e, por extensão, para o desenvolvimento económico dos Açores", continua.
Apesar de pouco se conhecer sobre o acordo entre o Governo Regional e a Comissão Europeia, é do conhecimento público que a Azores Airlines deve ser privatizada até ao dia 31 de Dezembro de 2025. Este prazo, já de si "curto dada a complexidade inerente a uma privatização desta envergadura, torna-se ainda mais exíguo face à falta de decisão da SATA Holding e do Governo", salienta o consórcio.
A Azores Airlines enfrenta, actualmente, sérias dificuldades financeiras. O adiamento deste processo de privatização "não só ameaça agravar ainda mais a situação precária da companhia, como também coloca em risco a estabilidade económica da região, que depende fortemente de um transporte aéreo eficiente e fiável", sustenta.
O Newtour/MS Aviation recorda que o processo de privatização, que o Governo Regional dos Açores considera encerrado, "ainda não foi concluído". Até à data, o mesmo, teve apenas conhecimento da decisão do Governo Regional anunciada publicamente e que, "de forma incorreta, foi assumida como definitiva". Posteriormente, o Consórcio soube também da existência de um projetco de decisão de cancelamento do concurso do conselho de administração da SATA Holding, Cumpre, a estre propósito, clarificar que "cabe ao Conselho de Administração da SATA, e não ao Governo, propor o cancelamento do concurso, ou seja, essa é uma competência de gestão e não política. Tal decisão, até ao momento, não ocorreu", vinca.
O Consórcio Newtour/MS Aviation "mantém-se firme no seu compromisso de contribuir para uma solução que respeite o acordo estabelecido" com a Comissão Europeia, assegurando que o processo de privatização seja concluído dentro do prazo estipulado, devolvendo à SATA "os meios necessários para competir eficazmente no mercado", conclui.
Jornalista