A companhia, há vários anos que desenvolve acções e programas específicos destinados a reduzir o seu impacto no meio ambiente, elevar a eficiência e obter um maior equilíbrio social, tornou visíveis parte destas iniciativas recentemente.
A companhia ligou Madrid e Amesterdão num voo de ida e volta que "se converteu no mais sustentável do ano". Para isso, utilizou uma aeronave do "seu modelo mais representativo, o Boeing 787 Dreamliner, optimizando todos os aspectos da operação visando demostrar como é possível contribuir para a descarbonização do transporte aéreo e inovar para alcançar um futuro melhor", refere a empresa em comunicado. A iniciativa faz parte, pelo segundo ano consecutivo, do desafio “The Sustainable Flight Challenge” (O Desafio do Voo Sustentável), que a aliança SkyTeam propõe a todas as suas companhias aéreas.
“The Sustainable Flight Challenge” é uma proposta no sector que consiste numa "competição amigável entre as companhias que integram a aliança e algumas das suas filiais", contribuindo para a "aceleração da inovação e alteração do sector, reduzindo ao máximo o impacto no meio ambiente" mediante prácticas que possam ser implementadas na operação diária. O desafio estabelece este ano um total de 33 categorias seleccionando sete vencedores, distinguindo entre todos os voos. Cada uma destas categorias reconhecerá a "aplicação de soluções de responsabilidade avançadas com o objectivo de que as melhoras possam ser colocadas em práctica".
No caso da Air Europa, o voo de Madrid para Amesterdão, organizou-se de forma a que "tanto as operações em terra como no ar fossem o mais eficientes possível". Entre as medidas mais importantes adoptadas, destacou-se o uso de SAF (combustível sustentável para a aviação), produzido a partir de materiais renováveis, como resíduos orgânicos não alimentares, promovendo assim a máxima circularidade e sustentabilidade. Também as manobras em terra foram efectuadas com veículos eléctricos para o carregamento e reboque do avião.
A equipa do Controlo de Espaço da companhia trabalhou com outras áreas da companhia para definir o voo e a data certos, tanto em termos de carga como de passageiros, determinando também a rota mais adequada para minimizar o consumo de combustível.
A bordo, optou-se por oferecer "apenas produtos frescos de proximidade na proposta gastronómica, utilizando em todo momento recipientes, copos e talheres biodegradáveis". Todos os resíduos gerados "foram separados para o seu posterior processamento e reciclagem, garantindo assim a sua transformação para novos usos futuros", refere no comunicado.
De forma a reduzir o consumo de papel, potenciou-se o check-in online para evitar que os passageiros levassem os seus bilhetes impressos. Assim, os menús a bordo foram entregues em papel reciclado e utilizou-se o sistema Electronic Flight Bag, que permite aos pilotos substituir a documentação convencional do voo por material digital.
Os passageiros tiveram também o seu destaque, uma vez que toda a tripulação foi seleccionada tendo em conta critérios de "paridade para garantir um equilíbrio igualitário". Também o escritório se situou de forma estratégica para que todos pudessem chegar "a pé às instalações, evitando assim o uso de sistemas de transporte poluentes".
A tudo isto se somam as características do Dreamliner, um dos modelos capaz de reduzir em 20% tanto as emissões como o consumo de combustível devido à sua aerodinâmica e tecnologia inovadoras. A aeronave permite diminuir o impacto acústico em 60%, beneficiando as populações próximas dos aeroportos. A companhia colocou a sustentabilidade no centro do seu Plano Estratégico 2023-2025, desenvolvendo mais de 40 acções destinadas a contribuir para um sector economicamente rentável, mas respeitoso para com o meio ambiente e com o ambiente social. Entre tais acções encontra-se "o desenvolvimento de equipamentos e sistemas para o cálculo de rotas e cargas mais eficientes ou a aplicação da tecnologia mais avançada para a digitalização de diferentes aspectos da operação".
Jornalista