João Galamba na CPI ficou baralhado com "tanta pergunta ao mesmo tempo"

por: António Manuel Teixeira
João Galamba na CPI ficou baralhado com "tanta pergunta ao mesmo tempo"
João Porfirio/Observador

Ao longo de sete horas, o ministro João Galamba foi ouvido na Comissão Parlamentar de Inquerito (CPI) da TAP, onde deixou muitas dúvidas aos deputados sobre o que realmente aconteceu na noite de 26 de Abril.

O ministro das Infraestruturas garantiu: que não foi ele a contactar o Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), de quem o SIS depende, mas sim a sua chefe de gabinete. Eugénia Correia ligou-lhe pelas 21:10 “visivelmente perturbada a relatar-me agressões e o roubo de um computador”. Logo de suguida “falo com o MAI (Ministério da Administração Interna) e falo com a PSP”, porque “perante o relato que me deixou perturbado”,

Segundo João Galamba o que lhe estava a ser relatado era verdade e por isso. “fiz o meu dever". Salientando não ter quaisquer "razões para desconfiar. São cinco pessoas que o afirmam. Liguei ao MAI porque queria relatar este facto à PSP", mas também "falei com o director-nacional da PSP a quem reportei este facto, num procedimento análogo ao que tive depois com a ministra da Justiça". Um pouco onfuso afirma aos deputados: “Liguei à Sra. ministra da Justiça às 22:53. Foi um telefonema que durou dois minutos e vinte segundos, não me recordo se falei do SIS ou não à Sra. ministra da Justiça". O minsitro, baralhado com tanta pergunta, não consegui confirmar se já tinha conhecimento do SIS no envolvimento da ocorrência.
Insitiu que "não ligou" ao SIS, mas revelou que foi o secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, António Mendonça Mendes, quem lhe sugeriu falar com as Secretas.

Perante a pergunta a quem tinha ligado naquela noite, disse ter sido para o primeiro-ministro, o secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro e à ministra da Justiça. "Há um roubo do computador. Houve várias denúncias à PSP". "Primeiro liguei à PSP, liguei ao meu colega de governo que lida com a PSP, o MAI". No entanto acabou por reconhecer que na conferência que deu a 29 de Abril, se tinha esquecido de referir que tinha feito esse telefonema, justificando que "a conferência foi feita no calor dos acontecimentos", pelo que algumas coisas poderiam ter sido ditas de outra maneira.

 

A Comissão de Inquerito votou o pediu as imagens de videovigilância do Ministério das Infraestruturas, que foi rejeitado pelo PS e pelo PCP, tendo sido aprovado por todos os outros partidos. As imagens irão chegar à CPI para serem analisadas pelos deputados.

Também um deputado insitiu se João Galamba estava disposto a entregar o seu telemóvel à CPI, no entanto resposndeu: “Se o senhor deputado quer o meu telemóvel, porque quer o meu telemóvel e não pelo tema anterior (…) O que importa verificar é se é verdade que alguém apagou as mensagens de Frederico Pinheiro ou se foi o próprio Frederico Pinheiro a apagar as mensagens”.

O deputado acaba por diser: “Não quero o seu telemóvel para nada”.mas o presidente da Comissão, Lacerda Sales, advertiu o ministro é obrigado a responder “da forma que entender”. E a resposta foi: “não , não estou”.

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