Internactional Airlines Group registou uma perda de 2.765 milhões de euros, menos 62,9% que em 2020

por: António Manuel Teixeira

O grupo International Airlines Group (IAG) registou prejuízos de 2.933 milhões de euros em 2021, menos 57,7% do que os de 6.935 milhões do que em 2020, devido à recuperação dos voos.

Num comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários espanhola (CNMV), o IAG explica que a capacidade de transporte de passageiros foi melhorando ao longo do ano, com uma pausa no final do ano pela pandemia, tendo terminado 2021 7,7% acima de 2020, mas ainda 36% abaixo da capacidade registada em 2019.

Em 2021 a IAG - à qual também pertencem a British Airways, a Iberia, a Vueling, a Aer Lingus e a Level - transportou 38,86 milhões de passageiros, mais 24,3% do que os 31,27 milhões em 2020, que foi o pior ano da história da aviação.

Para este primeiro trimestre do ano, o presidente executivo (CEO) do grupo, Luis Gallego, espera uma perda "significativa" de operações devido à sazonalidade habitual neste período e ao impacto da pandemia nas reservas a curto prazo, entre outras razões, mas está confiante de que a rentabilidade regressará no segundo trimestre, desde que não haja "contratempos" relacionados com a pandemia ou restrições por razões geopolíticas.

Os planos de capacidade de transporte de passageiros para o primeiro trimestre de 2022 são cerca de 65% da de 2019 e para o total do ano situam-se em cerca de 85% da de então, pois o grupo espera um verão "forte".

As receitas aumentaram 8,3% para 8.455 milhões de euros, com as receitas de passageiros a crescer 5,9% (para 5.835 mil milhões) e as de carga a crescer 28,1% (para 1.673 milhões).

No capítulo das despesas, registaram-se 11.220 milhões de euros, menos 26,5% do que um ano antes.

Os custos de pessoal diminuiram 16% para 3.013 milhões, os custos de combustível desceram 52,3% para 1.781 milhões e os custos de manutenção da frota ascenderam a 1.085 milhões, menos 25,5% do que um ano antes.

O resultado operacional registou uma perda de 2.765 milhões de euros, menos 62,9% que a de 7.451 milhões de 2020.

No final do ano, o grupo tinha 50.222 empregados (incluindo os trabalhadores em 'lay-off'), menos 10.500 do que em 2020, o que equivale a um decréscimo de 17,1%.

A capacidade do grupo diminuiu em comparação com 2019 em todas as regiões, mas especialmente na Ásia-Pacífico (87,9%), América do Norte (71,3%) e África, Médio Oriente e Ásia do Sul (66,8%). Nos voos domésticos, a capacidade baixou 26,5% face a 2019 e na Europa, 64,7%.

Luis Gallego sublinha que ao longo do ano as restrições de viagem na Irlanda e no Reino Unido foram maiores do que em Espanha, pelo que a Iberia e a Vueling conseguiram aumentar a capacidade antes de outras companhias do grupo.

O comunicado do IAG explica que a despesa de capital em 2021 foi de 700 milhões de euros, contra 1.300 milhões anteriormente previstos e 1.700 milhões estimados no início do ano, devido ao atraso dos aviões Airbus e Boeing.

Para 2022, o grupo espera que as despesas de capital em 2022 atinjam 3.900 milhões de euros, o que cobrirá a recuperação dos níveis de capacidade pré-pandemia e o atraso nas entregas de aeronaves previstas para 2021 e o adiamento dos pagamentos de pré-entrega de aeronaves entregues em anos anteriores.

Em 2022, a IAG espera que sejam entregues 25 novos aviões.

Lusa/O Turismo.PT

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