A Comissão Europeia exige à empresa italiana que renuncie a uma serie de slots, mas o governo de Itália diz que a nova companhia aérea de bandeira deveria manter os seus slots e parte dos activos do predecessor.
A Europa não desiste. Ou seja analisado de outro prisma, Itália discute mas consegue fazer valer a sua vontade.
Há poucas semanas a Comissão Europeia afirmou que seria dura com a Ita, a nova companhia que ficará com os bens da Alitalia, porque desde o primeiro momento quer que funcione com as regras do mercado.
Há muitos anos que a Alitalia não sabe o que é o mercado, sem que a Europa tenha feito mais do que atrasar toda a espécie de medidas.
Agora, apesar do já divulgado, já se resolveram uma série de problemas e parece que persiste um: o direito de aterrar, ou slot. O direito de aterrar em aeroportos, especialmente em alguns deles, na Europa e nos Estados Unidos são muito caros e Ita não quer nem pensar renunciar a eles.
Não é a mesma coisa voar para um aeroporto principal ou para um secundário
Esta será a única vantagem que ainda restará a uma companhia de bandeira.
A Comissão Europeia exige à empresa italiana que renuncie a uma série de slots. É o mesmo que terá exigido à Lufthansa em Frankfurt e Munique.
Mas o governo de Roma afirma que a nova companhia aérea de bandeira deveria ter os seus slots e parte dos activos da anterior.
Ita rejeitou a ideia de renunciar às franjas horárias no aeroporto de Milan Linate, onde a Alitalia tinha mais de 50 por cento dos segmentos antes da pandemia.
Os que se lembram da história, os que conhecem a capacidade negociadora da Europa, os que sabem quão impopular é a Comissão Europeia, asseguram que este problema é uma questão de horas e que a Ita voará exactamente como quer o governo italiano.