Nos Estados Unidos já é possivel reconhecer o passageiro, com máscara, a 95%

por: António Manuel Teixeira

As máscaras inicialmente arruinaram os algoritmos que permitem reconhecer os rostos dos passageiros nos aeroportos.

Mas, depois de alguns meses em laboratório, o Departamento de Segurança dos Estados Unidos acaba de confirmar que as variações introduzidas já permitem que o passageiro seja identificado em 96%, mesmo com máscara. O próximo passo, supostamente, será resolver os problemas da burca islâmica.

Em um comunicado, que o Jornal O Turismo PT teve acesso, os Estados Unidos revelaram ontem que "podemos reconhecer 96 por cento dos passageiros com máscara" (contra 100 por cento daqueles descobertos).

De acordo com os resultados anunciados, as organizações que precisam usar tecnologia de reconhecimento facial, principalmente aeroportos, podem permitir que as pessoas mantenham suas máscaras, segundo o director do Centro de Tecnologia Biométrica e de Identidade dos Estados Unidos. “Isso pode reduzir os riscos para muitos viajantes, bem como para o pessoal da linha de frente que trabalha nos aeroportos, que não precisa mais pedir a todos os viajantes que retirem suas máscaras”, segundo o comunicado.

O Departamento de Segurança dos Estados Unidos é obrigado por lei a desenvolver um sistema biométrico automatizado, ou seja, que utilize as características físicas de uma pessoa, como padrão facial ou impressão digital, para identificar os estrangeiros que entram e saem do país.

Antes da pandemia, o melhor algoritmo biométrico tinha uma taxa de falha de cinco por cento para aqueles que usavam máscaras faciais, e a maioria dos "algoritmos pré-COVID-19" falharam em identificar entre 20 e 50 das imagens, de acordo com um relatório de Julho.

Em Novembro, o instituto mostrou uma grande melhoria na precisão desde o início da pandemia. “Vários algoritmos introduzidos desde meados de Março de 2020 mostram reduções notáveis ​​nas taxas de erro com máscaras em relação aos seus predecessores pré-pandémicos”, e alguns reduzem a imprecisão por um factor de 10, de acordo com o relatório actualizado.

A tecnologia de reconhecimento facial foi analisada no passado por questões relacionadas à privacidade. Mais recentemente, os activistas do Black Lives Matter lutaram contra as tendências tecnológicas em direcção ao preconceito racial. E algumas empresas de tecnologia descartaram a venda da tecnologia para os departamentos policiais.

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