Sindicatos pedem ao Governo "é importante que exista uma consciência nacional"

por: António Manuel Teixeira
Sindicatos pedem ao Governo "é importante que exista uma consciência nacional"
Divulgação

O Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (STTAMP) considerou que o plano de reestruturação da TAP "utiliza a mesma receita" igual à aplicada nos "tempos do resgate financeiro".

Em comunicado, o sindicato sublinhou que "não podemos aceitar nem concordar com a forma como o plano foi desenhado, uma vez que esta reestruturação aplica a mesma receita na TAP que foi aplicada ao país nos tempos do resgate financeiro, que não nos podemos esquecer o quão dura foi também para os trabalhadores da TAP, nessa altura".

O plano de reestruturação da TAP prevê o despedimento de 750 trabalhadores de terra e corte de 25% na massa salarial, excepto nos ordenados mais baixos, revela um comunicado conjunto de sete sindicatos.

O comunicado assinado pelo Sindicato dos Economistas (SE), Sindicato dos Engenheiros (SERS), Sindicato dos Contabilistas (SICONT), Sindicato das Indústrias Metalúrgica e Afins (SIMA), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), Sindicato dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC) e pelo Sindicato dos Técnicos de 'Handling' de Aeroportos (STHA), refere "no que concerne ao pessoal de terra, redução de 450 trabalhadores da M&E, mais 300 trabalhadores da sede, isto é, um total de 750 trabalhadores de Terra".

A estrutura sindical não entende que o actual Governo, na altura "tão crítico" de políticas de austeridade e de reduções salariais, elabore um plano de reestruturação da TAP assente nos mesmos pressupostos.

"É, neste momento, que o país deve fazer uma reflexão muito para além dos números e da folha de cálculo, sabendo que poderão ser destruídos milhares de postos de trabalho directos e não sabemos quantificar quantos mais poderão ser sacrificados indirectamente", entendeu.

O STTAMP considerou ser tempo de reflectir pois tratam-se de vidas, de pessoas e de famílias que, desde Março, tem "fortes reduções salariais" e que, actualmente, se encontram na iminência do desemprego ou diminuição do seu rendimento.

O sindicato vincou que "é importante que exista uma consciência nacional do impacto destas medidas nas contas do Estado, quer pela via do pagamento de subsídios de desemprego, quer pelas reduções das contribuições dos trabalhadores e dos impostos pagos pela TAP".

O plano de reestruturação da TAP, elaborado pela consultora Boston Consulting Group (BCG), no âmbito do apoio estatal de até 1.200 milhões de euros, tem de ser entregue à Comissão Europeia até 10 de Dezembro, noticiou a Lusa.

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