Turismo penalizado por falta de estratégia europeia para o transporte aéreo

por: Zita Ferreira Braga

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP), com esta nova fase de desconfinamento e o regresso à actividade de muitas empresas alerta o Governo para aos problemas com que as mesmas se deparam.

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP), com a entrada do país nesta segunda fase de desconfinamento analisa, com atenção redobrada esta nova fase, “mantendo os alertas junto do Governo sobre as dificuldades com que as empresas ainda se deparam.

Francisco Calheiros, presidente da CTP lembra que “estas primeiras duas semanas da segunda fase de desconfinamento serão fundamentais para as empresas, que vão retomar a sua actividade perante uma realidade totalmente nova, com um conjunto de regras de segurança que serão fundamentais para a prossecução da sua atividade. A confiança dos portugueses para frequentarem determinados estabelecimentos depende em muito destas regras e se tudo correr bem esta será mais uma mensagem positiva para o exterior. Portugal, além de já ser reconhecido como um país seguro, vê também agora reconhecida a sua segurança sanitária”.

De qualquer modo, segundo a CTP, convém não esquecer “as dificuldades das empresas e o esforço que estão a fazer para se manterem de portas abertas”.
E Francisco Calheiros continua afirmando: “Por um lado, em relação às medidas que estão em vigor, temos sentido que ainda persiste uma excessiva burocracia no acesso às linhas de apoio, o que significa que estas tardam em chegar à economia real e que a percentagem de apoios concedidos às empresas, cerca de 10%, ainda é bastante reduzida”.

No que respeita ao lay-off, existe também uma morosidade nos pagamentos e nas respostas aos pedidos submetidos.

E Francois Calheiros lembra que.“Já alertámos o Governo para a necessidade de os procedimentos serem mais céleres. Além de muitas empresas ainda não terem recebido os pagamentos, acresce o facto de algumas ainda não terem obtido resposta. Este atraso está a gerar muitas dificuldades às empresas que pretendem manter os postos de trabalho e que estão agora a retomar a sua atividade”.  E o dirigente continua: “Também já manifestámos a preocupação com o transporte aéreo, com a falta de decisão da União Europeia. Como é evidente, a actividade turística depende muito do transporte aéreo e ainda não existem orientações precisas sobre a retoma desta actividade. Esta falta de actuação estende-se a outras áreas. Existe claramente uma falta de estratégia europeia em termos de linhas de ajuda aos Estados-Membros”, afirma concluindo Francisco Calheiros.


Entretanto, a CTP já apresentou ao Governo várias medidas necessárias para esta nova fase de desconfinamento, das quais se destacam

  • Prorrogação do regime de lay-off simplificado, ou uma medida similar, no mínimo por mais três meses
  • Linha de capitalização a fundo perdido para o Turismo
  • Ressurgimento do fundo de turismo de capital de risco;
  • Isenções fiscais, ao invés de moratórias, como o pagamento por conta;
  • Supressão de taxas que incidem sobre as empresas para o período do próximo verão;
  • Grande campanha de turismo interno


E Francisco Calheiros termina afirmando “Temos recebido uma postura bastante flexível e receptiva por parte do Governo, que tem ajustado a sua política ao contexto económico, e esperamos que assim continue”.

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