O Presidente da Câmara de Lisboa assegurou que Lisboa não volta a aceitar os voos nocturnos, considerando essa decisão "absolutamente inaceitável".
O edil da capital afirmou na Assembleia Municipal que "não toleraremos de novo o regresso dos voos nocturnos na cidade de Lisboa, não toleraremos".
Considerando que a situação que se vivia antes da suspensão dos voos nocturnos, devido às obras que se estão a realizar no aeroporto, era "verdadeiramente inaceitável", Fernando Medina afirmou já ter transmitido "a quem de direito" a sua "total, frontal e completa oposição" ao regressar de aterragens e descolagens durante a noite.
Insistindo disse "reafirmo a minha total e completa oposição a que, no momento da finalização das obras actuais, se venha a registar qualquer retomar da realização de voos nocturnos em condições sequer próximas da grosseira ilegalidade da situação que se vivia previamente a este período".
O autarca mostrou-se contra o facto de de qualquer companhia aérea queira fazer dos lisboetas "factor de ajustamento da tragédia pública que foi o processo de decisão de expansão de capacidade aeroportuária de Lisboa e ainda menos dos interesses privados".
O presidente da Câmara de Lisboa voltou também a criticar a forma como "o sector e os operadores" se têm comportado perante o município, insistindo que existe "uma enorme opacidade relativamente a informação básica e fundamental".
Aliás, acrescentou, a decisão da autarquia de instalar um sistema próprio de monitorização de ruído e de poluição "é reveladora do ponto a que se chegou".
Admitiu também que "o mesmo é dizer que nós não temos confiança na informação que é fornecida, quando ela é fornecida, e não tem sido fornecida".
Jornalista