Se a Ryanair encerrar a base em Faro é importantíssimo “garantir que a acessibilidade será mantida”

por: Mafalda Bettencourt
Se a Ryanair encerrar a base em Faro é importantíssimo “garantir que a acessibilidade será mantida”
O Turismo . PT

Foi anunciado, no início de Agosto, que a Ryanair iria encerrar a sua base no Aeroporto de Faro. O Presidente do Turismo do Algarve, em entrevista ao Publituris, explica o que pode acontecer com esse encerramento.

 

O presidente da Associação de Turismo do Algarve (ATA), João Fernandes, está preocupado com o encerramento anunciado da base da Ryanair no Aeroporto Internacional de Faro e diz que a região vai fazer tudo para que a base seja mantida, mas lembra que ainda decorrem negociações entre a companhia aérea e a ANA – Aeroportos de Portugal, que é preciso “acompanhar com calma”.

Obviamente que nós tudo faremos para que as pessoas e as aeronaves permaneçam no território, porque isso representa um impacto para a economia da região que é importante garantir”, disse ao Publituris João Fernandes, que sublinha, no entanto, que o mais importante é “garantir que a acessibilidade será mantida”, caso a base venha mesmo a encerrar, algo que ainda não está confirmado.

Não há uma declaração oficial da Ryanair, no sentido de fecho da base atualmente instalada em Faro”, lembrou João Fernandes, explicando que as notícias que apontam o encerramento da base a partir de janeiro surgiram após uma reunião entre o sindicato que representa os tripulantes da companhia aérea e uma responsável de recursos humanos da Ryanair.

Nas declarações ao Publituris, João Fernandes lembrou que, todos os anos, o Turismo do Algarve contratualiza campanhas de destino com vários parceiros, entre os quais se encontra também a Ryanair, cujos planos para este ano estão já em execução.

Por isso, as negociações que agora decorrem são apenas entre a companhia aérea e a ANA – Aeroportos de Portugal, que gere as infraestruturas aeroportuárias nacionais, com João Fernandes a afirmar que espera “que se garantam as condições existentes”.

Temos estado, com o Turismo de Portugal, a acompanhar esta situação para que se garantam as condições existentes. Qualquer contacto que fazemos é sempre no sentido de tentar garantir as melhores condições para a região, mas temos de nos lembrar que há um conjunto vasto de parceiros, com quem negociamos regularmente e que, naturalmente, têm oscilações de oferta ao longo do ano ou entre anos.  A nós, o que nos importa, é garantir que essa acessibilidade será mantida, seja qual for a companhia”, explicou.

João Fernandes está convencido que, mesmo que a base venha a encerrar, a Ryanair vai manter os voos que atualmente opera em Faro, até porque, explicou ao Publituris, “a diferença entre ter uma operação no território ou baseada num qualquer mercado emissor é que a tripulação, em vez de pernoitar no Algarve, pernoita no mercado emissor”.

Ou seja, a companhia voa do mercado emissor para o Algarve e retoma à noite, no voo de regresso. É por isso que o encerramento da base não afetará a operação, embora afete o emprego”, explicou o responsável, sem querer falar numa possível melhoria das condições oferecidas à Ryanair para manter a base de Faro, até para “não prejudicar essa negociação”.

Já na manhã de 07 de Agosto, João Fernandes tinha dito à Lusa que “não está em causa a operação”, apesar de lamentar “a perda de emprego qualificado na região”, esclarecendo que há cerca de 100 trabalhadores da Ryanair fixados em Faro na altura do inverno e mais de 200 durante o verão, e que a companhia aérea tem  “quase 30% do ‘share’ do aeroporto de Faro”.

A Lusa tentou também obter uma declaração da Ryanair, que apenas recordou o comunicado de 16 de julho, em que indicava que “algumas das bases da empresa serão reduzidas ou fechadas este inverno”.

Recorde-se que, esta terça-feira, 06 de agosto, começaram a circular notícias na comunicação social nacional que davam conta da intenção da Ryanair encerrar a base instalada no Aeroporto Internacional de Faro a partir de janeiro, decisão que seria justificada com o impacto do Brexit, entre outros motivos.

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