Alojamento Local lança campanha, agressiva, para sensibilizar a opinião publica

Com a votação do diploma na generalidade agendada para o próximo dia 19 de Julho na Assembleia da República, o sector do AL uniu-se para lançar um último apelo nacional, sublinhando o "resultado destruidor que este o mesmo terá na vida dos trabalhadores do sector, na economia e no turismo do país", refere em comunicado.

A campanha incluirá outdoors em Lisboa, Porto e Algarve, em locais de grande visibilidade, assim como anuncios em rádios, "com vista a garantir que a voz do sector é ouvida e compreendida".

“Derrubar 3.8% do PIB e 40% do Turismo é 100% insano” ou “O Alojamento Local vai acabar e as suas férias em família também”, são algumas das mensagens-chave da campanha, que visa enfatizar os riscos das restrições propostas.

A associação afirma: "de acordo com as conclusões finais do estudo sobre a avaliação do impacto do alojamento local realizado pela Nova SBE, as dormidas em Alojamento Local ultrapassaram 38 milhões em 2019, representando cerca de 40% do total de dormidas em Portugal".

Os turistas que usaram o AL nas suas visitas "gastaram mais de oito mil milhões na economia nacional, um valor que representa 3,8% do PIB", refere a Associação.

O pacote de propostas para o AL no Mais Habitação inclui um conjunto de "medidas extremamente gravosas como uma taxa adicional (CEAL) abusiva, suspensão de novos registos, caducidade das licenças existentes em 2030, autorização por unanimidade do condomínio para novos ALs, possibilidade de cancelamento sem justa causa pela Assembleia de Condóminos, agravamento do IMI que no seu efeito conjunto colocam em risco não só o futuro do sector, mas os registos existentes".

No comunicado é também refreido: "O crescimento e contributo do Turismo para a Economia não poderia ter acontecido sem o contributo do alojamento local e por isso o sector apela a todas as partes envolvidas, incluindo o Governo, os partidos políticos e a opinião pública, para que considerem os efeitos nocivos destas medidas propostas e encontrem soluções equilibradas que protejam a economia, o turismo e os direitos dos trabalhadores do setor".