Programa REVIVE estabelece contrato de concessão com a Casa do Outeiro

por: Ana Torrinha
Programa REVIVE estabelece contrato de concessão com a Casa do Outeiro
Turismo de Portugal

O novo contrato de concessão está localizado em Agualonga, onde outrora pensa-se ter sido destinado para funções agrícolas.

  Reconhecendo a presença em todo o território nacional de um conjunto de imóveis do Estado com elevado valor arquitectónico, histórico e cultural, que se encontram devolutos, e a responsabilidade colectiva de preservar, conservar e divulgar este património, garantir um acesso alargado à sua fruição e assegurar a sua transmissão às gerações futuras, o Governo lançou o Programa REVIVE.

Assumindo-se, como mais um exemplo de boa prática para a recuperação do património histórico, foi assinado, com a empresa AGNT - Gestão e Mediação, Lda., o contracto de concessão para a reabilitação e exploração turística da Casa do Outeiro, em Paredes de Coura, distrito de Viana do Castelo. 

Este solar, enquadrado em meio rural, em Agualonga, é uma construção de tipologia seiscentista, ladeada de capela, e que combina modelos de raízes erudita e popular, em que sobressaem os cunhais, cimalhas, molduras e ornamentos em granito.

Apresentando um amplo corpo de construção de diferentes épocas, a sua arquitectura vagueia pelo maneirismo, pelo barroco, e numa fase mais tardia, pelas linhas simples e direitas dos finais do século XIX.

O imóvel, que terá tido como actividade predominante a função agrícola, face à extensão dos dois espigueiros existentes no terreno fronteiro à casa, pertence, actualmente, ao município de Paredes de Coura.

Será entregue por 50 anos, para recuperação e exploração turística, incluindo alojamento e componente cultural, num investimento estimado na ordem dos 5,4 milhões de euros, com início de exploração previsto para 2023. O concessionário obriga-se, ainda, a pagar ao Estado uma renda anual de 19.801,00 euros pela concessão.

Até ao momento foram lançados concursos para a concessão de 24 imóveis no REVIVE, tendo sido adjudicadas 20 concessões, que representam um investimento total estimado em cerca de 149,5 milhões de euros e rendas anuais na ordem dos 2,5 milhões de euros.

Dois dos imóveis concessionados estão já recuperados e em exploração como unidades hoteleiras (Convento de S. Paulo, em Elvas e Coudelaria de Alter, em Alter do Chão), encontrando-se vários outros projectos em processo de licenciamento ou execução de obra.

Segundo a Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, "estes números são evidências bem claras, não só do grande interesse por parte dos privados na recuperação e valorização destes imóveis localizados em espaços únicos que dispõem de um elevado potencial de atracção turística, mas também da confiança dos agentes na estratégia que estamos a seguir, bem como no futuro do sector, crucial para o desenvolvimento económico e social do país."

Actualmente, está a decorrer o concurso para concessão do Hotel Turismo da Guarda, prevendo-se que seja relançado em breve o concurso para concessão do Colégio de S. Fiel, em Castelo Branco, e lançados novos concursos para concessão dos Fortes de S. João da Cadaveira e de S. Pedro, em Cascais.

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